Em agosto, Cruzeiro e Boca Juniors voltam a se encontrar. Agora pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, com data ainda indefinida. Um duelo cheio de história. Uma delas há 10 anos, pela Libertadores. Teve golaço de craque. Teve vitória histórica.
Em 1994, o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil de 1993, ficou no Grupo B, ao lado de Boca, Palmeiras e Vélez Sarsfieeld — esse último viria a ser o campeão daquele ano. O primeiro embate entre Raposa e xeneizes foi na temida La Bombonera. Vitória de brasileiros no mítico estádio era (e ainda é) um grande feito. Poucos conseguiram. O Cruzeiro foi um deles. No dia 16 de março, o time treinado por Ênio Andrade venceu por 2 a 0; a equipe abriu 2 a 0, com gols do lateral direito Paulo Roberto, em cobrança de falta, e Roberto Gaúcho, ambos no segundo tempo. Acosta, aos 44, descontou para os donos da casa.
Roberto Gaúcho já comentou sobre aquele confronto em uma Bombonera lotada: — A Bombonera... Treme, viu? Balança! A gente jogou em 1994 lá... Para entrar, já na chegada, o coração sai pela boca. A torcida do Boca tentou virar o ônibus na época. Lá a torcida fica em cima. Você vai bater escanteio, parece que eles vão te pegar pelo cabelo... Eu era cabeludo na época (risos). Tem que ter raça e vontade. Na técnica não resolve muito — disse. A vitória fez o Cruzeiro reagir no Grupo B. Veio então o jogo contra o Boca no Mineirão. Um jovem atacante despontava. No fim da partida, ele seria o nome daquela noite na Pampulha, após um começo de duelo apagado. Em 6 de abril de 1994, Ronaldo, que há poucos meses vendeu a SAF do Cruzeiro para Pedro Lourenço, garantiu a vitória celeste por 2 a 1, com um golaço. Ronaldo recebeu a bola no meio de campo, passou por um, dois, três marcadores do time argentino, driblou o goleiro Navarro Montoya e mandou para as redes. O “gol de placa” classificou o Cruzeiro para as oitavas de final.
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