- O Japa tem um tipo de personalidade que eu fecho os olhos e o coloco em qualquer circunstância. O cara entrou contra o Atlético lá, entrou aqui contra o Fortaleza, com a gente precisando ganhar - ressaltou Autuori.

O meia substituiu Mateus Vital, aos 16 minutos da etapa final, podendo jogar ao lado de Ian Luccas. Essa foi a segunda partida do jovem de 19 anos com a equipe profissional. A estreia do jogador com o time principal do Cruzeiro foi contra o Atlético-MG, pela 24ª rodada. Na oportunidade, Japa entrou aos 15 minutos do segundo tempo, no lugar de Kaiki, e também entregou uma atuação segura.

Autuori relembrou o bom desempenho do garoto no clássico e elogiou a personalidade do jogador dentro de campo.

- O Japa no jogo contra o Atlético-MG entrou com uma personalidade absurda, já sabendo os movimentos necessários, onde tem que estar com ou sem bola. Tenho que reverenciar o trabalho que está sendo feito.

Dos jogadores da base que foram relacionados para a partida, Japa foi o único a entrar em campo contra o Fortaleza. Fernando e Henriques Rodrigues ficaram no banco e não foram utilizados, enquanto Ruan Santos, João Pedro e Robert foram cortados da lista.

Além de exaltar a postura de Japa, Autuori também destacou o trabalho das categorias de base dentro do Cruzeiro.

- Cheguei há alguns meses e escutei que a nossa base não tinha ninguém, nós ganhamos títulos com a sub-17, com a sub-20, mas não é o título, é a maneira que nós jogamos. Eu sempre coloquei alguns jogadores da formação, porque é o que eu acredito. O que me dá prazer hoje trabalhando no Cruzeiro é poder estar na Toca 2, ir para a Toca 1, encontrar os destaques do sub-14, 15, 17, sub-20 e feminino, falar de futebol, debater futebol, sem julgamentos.

O treinador ressaltou que vai manter o cuidado com os jovens para não "desperdiçar" nenhum jogador.

- Temos que ter cuidado, porque já vi muitas vezes, quando o time não está bem, e pedem para colocar o jovem, passam três jogos ruins descartam esse jovem, pedem para contratar. Aí esse jovem vai para fora, arrebenta em outra equipe e vamos procurar onde esse cara estava. Temos um desperdício de jogadores absurdo. Por se julgar em um, dois, três jogos, não se julga, se analisa. Em dois ou três jogos ninguém tem a capacidade de analisar.