Sempre um dos mais assediados pela torcida, Fábio retomou a boa fase e garantiu os 3 pontos em Goiânia

Ao menos sete intervenções complicadas, entre elas um milagre absurdo, deram a Fábio a condição de melhor jogador em campo na difícil vitória do Cruzeiro, ontem, no desajeitado Serra Dourada em Goiânia. O 1 a 0 sobre o Goiás ratifica como o clube celeste e a Série B não combinam, até porque quem odeia a segunda divisão é quem já esteve por lá um dia.


A atuação do capitão celeste vai ao encontro da recuperação coletiva do time. Já são oito jogos de invencibilidade sob o comando de Mano Menezes. Desde a derrota para o Flamengo, no início de setembro (a única do treinador), a equipe celeste não sabe o que é perder. No período, foram quatro vitórias e quatro empates, marca inferior apenas à do Vasco, que não perde há nove rodadas, ainda que tenha conquistado menos pontos no período.


Nestes oito jogos, Fábio foi vazado em apenas três oportunidades, fato que colabora para que defesa azul seja a terceira melhor do campeonato (sofreu 30 gols), atrás apenas de Corinthians (25) e Grêmio (29), duas equipes com campanhas consolidadas no G-3.


Coincidência ou não, a retomada da boa fase de Fábio condiz com sua renovação de contrato. Além da situação incômoda da equipe em campo, a novela em torno da permanência ou não do jogador mais importante do time dava um peso maior às análises em relação ao seu rendimento individual.


Mais do que retomar a boa fase e renovar seu contrato, a confiança voltou para o goleiro e, consequentemente, para o time e a torcida.

Com aproveitamento de G-4 na era Mano, o cruzeirense mineiramente ousa sonhar com uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. O sonho ainda é distante. Mas é bom pensar que, daqui pra frente, o time do Cruzeiro jogará com uma pressão a menos, já que a distância da zona de rebaixamento, enfim, reflete na pontuação.


Outro ponto chave é que acontecerão diversos confrontos diretos da turma da frente. E o próprio Cruzeiro terá seus jogos de 6 pontos contra São Paulo e Sport em casa, Palmeiras e Internacional fora.


Não que a Libertadores precise ser o objetivo. Para um time que passou todo o campeonato na página 2 da tabela, seria uma recompensa e tanto. Mas dizer que Mano Menezes e seus comandados não merecem ao menos sonhar, seria leviano de nossa parte. Hoje, apenas dois de seus concorrentes possuem melhor campanha no returno: Santos (26 pontos) e Internacional (25), contra 22 da Raposa.


Jogo a jogo, e como bom mineiro que é, o Cruzeiro começa a encaminhar seu 2016 de forma bem mais esperançosa. A começar pelo seu goleiro. Mas se ainda existe sonho maior em 2015, Fábio e seus companheiros têm mais é que correr atrás.


Números mostram que Cruzeiro precisa manter o ritmo para lutar por uma vaga no G4


Em comparativo com potenciais concorrentes, apenas Ponte Preta apresenta melhor rendimento que o Cruzeiro no momento