logo

25/10/2015 16:36

Após meses obcecado por camisa 10, Cruzeiro se reinventa sem criador

Após meses obcecado por camisa 10, Cruzeiro se reinventa sem criador
Com homens de velocidade, Mano conseguiu afastar a dependência por um 10 no Cruzeiro

O Cruzeiro passou um semestre inteiro obcecado pela contratação de um camisa 10. A cada entrevista, fosse do presidente Gilvan de Pinho Tavares, do antigo gerente Valdir Barbosa ou do supervisor de futebol Benecy Queiroz, a busca pelo meia-atacante era ressaltada. O tão sonhado organizador de jogo, no entanto, não chegou à Toca da Raposa II. E os técnicos Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo sofreram com a ausência de um atleta para desempenhar a função.

Após nove meses de procura, a equipe teve que se virar com o que tinha no elenco. Bastou a assinatura de Mano Menezes para o clube perceber que era possível arquitetar jogadas sem um armador de ofício.

E foi o que o atual treinador fez no time. Ele escalou atletas de velocidade para formar o setor ofensivo e aboliu a função do tão sonhado camisa 10. Os três homens da linha de frente, para este domingo, diante do Goiás, pela 32ª rodada do Brasileirão, por exemplo, são Giorgian De Arrascaeta, Marcos Vinícius e Willian. O trio se destaca pela velocidade e pelos dribles curtos.

Na antevéspera do confronto, Mano Menezes explicou que é normal o fato de não utilizar um criador no meio de campo e ressaltou o fato de a equipe armar as jogadas de outra forma.

"São raras as equipes brasileiras que jogam hoje com camisa 10 clássico. É um pouco da mudança que o futebol apresentou. A gente precisa estar atento para a tendência em termos de momento. É possível jogar sem um (meia-atacante) clássico por dentro", afirmou.

"A equipe, porém, tem que ter armação e pode fazer de outras maneiras. A gente tem que compartilhar com mais jogadores essa ideia de armar. Então eu penso que a tendência mundial é compartilhar mais essa tarefa. Tem que ter mais jogadores encarregados dessa difícil função de municiar os atletas para fazer gol", acrescentou.

O que ilustra perfeitamente a melhora do time, mesmo sem a presença de um camisa 10, é o número de gols anotados. Com Mano Menezes, foram 16 bolas na rede em nove partidas, o que representa 1,77 por jogo. Com os antecessores, Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo, foram 17 em 22 rodadas, o que acarreta em uma média de 0,77 por compromisso.

28701 visitas - Fonte: Uol




Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.

Mineiro

Qua - 19:00 - Arena BRB Mané Garrincha -
X
Athletic Club
Cruzeiro

Mineiro

Dom - 20:00 - Governador Magalhães Pinto
1 X 0
Cruzeiro
Tombense