25/10/2015 12:35
Ajustes ao Serra Dourada
Dimensões maiores do estádio influenciam tanto a escalação quanto a organização tática do Cruzeiro para o jogo contra o Goiás. Mano espera que o time ocupe melhor os espaços
Paulo Galvão /Estado de Minas
Nesta temporada, o Cruzeiro já jogou pela manhã, à tarde e à noite. Em estádios reformados ou construídos para a Copa do Mundo e também em arenas de instalações precárias. Encarou times fortes, médios, fracos; brasileiros, argentinos, bolivianos e venezuelanos. Hoje, às 18h, enfrenta o Goiás e um gramado de dimensões maiores às que está acostumado: o Serra Dourada, que mede 110m x 75m, contra 105m x 68m do Mineirão, por exemplo – medida adotada pelos principais estádios brasileiros. Por isso, o técnico Mano Menezes alertou seus comandados para a importância de atentar para algumas peculiaridades, entre elas não dar espaço ao adversário e se apresentar sempre para o jogo, oferecendo opção ao companheiro. Até a escalação celeste foi influenciada pelo tamanho do campo: sem o zagueiro Manoel, suspenso, ele optou por escalar Paulo André em vez de Douglas Grolli, para tentar melhorar saída de bola.
“Trabalhamos (na sexta-feira) em lugares diferentes do campo. Trabalhamos com a última linha defensiva mais atrás. Trabalhamos com a linha defensiva mais à frente, que é outra situação de jogo. E ainda com a terceira (linha) dentro do campo adversário. Quando estivermos atacando no campo do adversário, precisamos ter cuidado para não tomar os contra-ataques. A gente sabe da característica do jogo lá e é necessário dar segurança ao meio-campo para que o erro não custe caro”, explica o treinador.
Os jogadores garantem ter entendido bem as ordens do chefe. “Vamos procurar estar bem encaixados, jogando com inteligência. O campo grande facilita o ataque, mas dificulta a volta para a defesa. Então, vamos ter de tomar cuidado”, afirma o volante Willians, que outra vez terá a missão não só de marcar, mas também de ajudar na armação das jogadas.
O papel do trio de volantes, aliás, é fundamental para que o Cruzeiro consiga sair vitorioso, ampliando a sequência invicta, que já é de sete jogos. Mano Menezes enfatizou a necessidade de equilíbrio entre direita e esquerda, tanto ofensiva quanto defensivamente.
Para Willians, a sequência permite o bom entrosamento com Henrique e Ariel, companheiros de setor, e com os homens de frente e da defesa. “Nós, volantes, temos conseguido fazer nosso papel, cada hora um sai para armar, todos voltam para marcar. Precisamos continuar assim.”
ATAQUE Além da mudança na zaga, o Cruzeiro também terá alteração na frente. Com o atacante Allano suspenso, entra o armador Marcos Vinícius, que terá a missão de atuar pelos lados do campo, e não pelo meio, como está mais acostumado. Nenhum problema, segundo ele. “Já havia jogado pelos lados no Náutico e tenho facilidade de atuar por ali também. Sinto-me preparado para desempenhar qualquer papel do meio para a frente”, afirma Marcos Vinícius, de 20 anos, que já acertou a permanência na Toca da Raposa por mais três anos a partir de janeiro.
Ele também ressalta as dimensões maiores do campo do Serra Dourado, garantindo, no entanto, estar preparado, sabendo a hora certa de acelerar e a de cadenciar as jogadas. “Se for na volúpia, cansa. Tem de ser na inteligência”, argumenta.
1086 visitas - Fonte: Super Esportes