23/10/2015 11:22
Vale o idioma da bola
Estrangeiros do Cruzeiro estão entre os responsáveis pela ascensão nos últimos jogos, com a chegada de Mano. Ariel tem sido destaque, e De Arrascaeta vem recuperando espaço
A subida de produção do Cruzeiro desde a saída de Vanderlei Luxemburgo passa pelos estrangeiros que defendem o clube. Porém, eles vivem situações bem distintas, mas não deixam de ser importantes nesta reta final de Campeonato Brasileiro, em que a equipe já chega a sete jogos de invencibilidade e sonha em conquistar vaga na Copa Libertadores do ano que vem, embora as chances sejam mínimas.
Enquanto o volante argentino Ariel Cabral virou peça fundamental do meio-campo, o armador uruguaio De Arrascaeta tenta recuperar o prestígio depois de amargar a reserva. Caminho que certamente deseja trilhar o lateral-esquerdo chileno Mena, atualmente disputando com Pará a reserva de Fabrício. Já o atacante camaronês Joel se recuperou de lesão muscular na coxa direita e ontem voltou a treinar com os companheiros, planejando encerrar o ano como começou: jogando.
O curioso é que o “hermano” é o que está há menos tempo no clube. Ele foi apresentado em 5 de agosto e 11 dias depois já estreou, no empate sem gols com o Internacional, no Mineirão, pela 19ª rodada do Brasileiro. Desde a vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, em 2 de setembro, em Campinas, o primeiro jogo após a demissão de Luxemburgo, é titular, tento atuado nas nove partidas seguintes, a partir das quais a Raposa passou a ser comandada por Mano Menezes.
Com Ariel jogando desde o início o Cruzeiro obteve cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, para o Flamengo, no Maracanã. Foram 18 gols marcados e somente nove sofridos, sendo a terceira melhor defesa do Nacional, atrás do líder, Corinthians, e do terceiro colocado, o Grêmio.
O jogador anda em astral elevado com a boa fase dele e da equipe, mas trabalha para ser ainda mais eficiente. “Acho que posso render muito mais, estar em ótimas condições e dar o máximo de mim para ajudar o Cruzeiro. Tenho procurado fazer meu trabalho e espero que a equipe cresça mais”, afirma o argentino.
Quem também tem batalhado para subir de produção é De Arrascaeta, que foi apresentado em janeiro com status de craque, recebido pela torcida na sede, mas que alternou altos e baixos, chegando a perder a posição. Desde que entrou muito bem no intervalo da partida com o Atlético-PR, em Curitiba, na semana passada, sendo fundamental para que a equipe arrancasse o 2 a 2, voltou a ter a confiança dos torcedores, que esperam que ele cumpra bem a função do tão desejado camisa 10.
Se Ariel Cabral e De Arrascaeta têm escalação garantida domingo, contra o Goiás, em Goiânia, Mena, por outro lado, vai mais uma vez amargar a reserva ou pode nem mesmo ser relacionado para o jogo. Afinal, ficou no banco nos 2 a 0 sobre o Fluminense, domingo, no Mineirão, mas viu Pará ser convocado no duelo anterior, contra o Furacão.
RECUPERAÇÃO Em situação mais difícil está Joel, que não atua desde de 19 de julho, no empate por 1 a 1 com o Avaí, no Mineirão. Ele não só se recuperou da lesão muscular como já se recondicionou fisicamente. Porém, precisa readquirir ritmo, o que fará nos treinos e também entrando no decorrer dos confrontos. A partir de então, poderá pensar em voltar a brigar pela vaga de titular.
ESTRELADAS...
ESBOÇO
O técnico Mano Menezes indicou, em treino tático na manhã de ontem, na Toca da Raposa II, o time que pretende escalar diante do Goiás. Sem o zagueiro Manoel e o atacante Allano, suspensos, ele deverá escalar Douglas Grolli e Marcos Vinícius, respectivamente, mantendo o esquema sem atacante de área. Na segunda parte da atividade, Leandro Damião substituiu Willian, mas apenas para poupar o camisa 25, que reclamou de incômodo na coxa direita.
DÍVIDAS
Em reunião na noite de terça-feira, foram alterados sete artigos do estatuto do Cruzeiro para viabilizar a adesão ao Profut. Assim, o clube poderá aderir ao programa de refinanciamento das dívidas fiscais elaborado pelo governo federal. “Devemos ter ainda mais acerto nas nossas contas, porque a lei é muito rigorosa. Precisaremos gastar menos com o futebol profissional, já que o gasto nessa área não poderá passar de 80% da receita total. Estamos tranquilos, porque o Cruzeiro sempre foi muito responsável e continuará sendo”, disse o presidente Gilvan de Pinho Tavares.
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