Em Assembleia Geral realizada na noite desta quarta-feira, no Salão Nobre do Parque Esportivo do Barro Preto, foi aprovada, por unanimidade, a proposta de alteração de sete artigos do Estatuto Social do Maior de Minas. As mudanças visam à adequação desse documento às exigências requisitadas para a adesão ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
O encontro foi conduzido por João Garlos Gontijo Amorim, presidente do Conselho Deliberativo da Raposa, e contou com a participação de 340 cruzeirenses, entre conselheiros e associados, sendo que todos tiveram direito ao voto. As alterações propostas foram explanadas pelo presidente Dr. Gilvan de Pinho Tavares, que, após o evento, falou com entusiasmo sobre a aprovação.
“Os conselheiros e os associados convocados atenderam prontamente à convocação, compareceram em bom número e entenderam a necessidade de adequarmos o estatuto do Clube às exigências do Profut. Dessa forma, com a adequação, o Cruzeiro passa a poder reivindicar do governo federal o parcelamento de dívidas e utilizar um perdão maior por parte de juros e outros encargos. Segundo cálculos que nós fizemos, teremos uma economia substancial e um parcelamento que pode ser pago em 240 vezes”, disse.
O mandatário do tetracampeão brasileiro ainda ressaltou alguns artigos que precisaram ser alterados, como o que trata da responsabilidade dos diretores sobre possíveis danos causados à entidade esportiva e também o texto que cuida dos investimentos no elenco de futebol profissional.
“É evidente que agora nós devemos ter ainda mais acerto nas nossas contas, porque a lei é muito rigorosa com os dirigentes do clube e também precisaremos gastar menos com o futebol profissional, já que o gasto nessa área não poderá passar de 80% da receita. Logo, cumpriremos com tudo isso para termos o direito de usar o Profut. Mas estamos tranquilos quanto a isso, porque o Cruzeiro sempre foi um Clube muito responsável e continuará sendo”, completou.
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Já o presidente do Conselho Deliberativo, João Carlos Gontijo, exaltou a nova lei, que possibilitará uma sobrevida aos times brasileiros no aspecto econômico. “O Profut vai permitir aos grandes clubes, entre os quais está o Cruzeiro, a condição de buscar os recursos financeiros da união, do estado e, como contrapartida, ele impõe certo pré-requisitos. Essas normas, por força da lei, precisam ser estendidas ao nosso estatuto interno. As alterações propostas exigirão um comprometimento maior da gestão, dos conselhos e de todos aqueles que contribuem na administração do clube. É uma realidade nova e de extrema importância, que só irá engrandecer”, afirmou.
O primeiro secretário da mesa diretora do Conselho Deliberativo do Maior de Minas, José Dalai Rocha, também compartilha dessa mesma ideia. “Uma das maiores dificuldades dos clubes reside na questão financeira e a maior parte deles estava em uma situação aflitiva. Agora há uma luz no fim do túnel, um porto para que essas embarcações, que estavam com tantas dificuldades, possam atracar e se renovar, de modo que eu vejo como muita esperança essa nova paisagem que se abre para os clubes. Além disso, ainda teremos a garantia da boa aplicação dos recursos, porque a lei não cuidou apenas de dar, mas também cuidou de proteger as entidades”, concluiu.