Nesta semana estive em Nova York e resolvi passear com o manto azul celeste pela cidade. Dei uma corrida no Central Park e fui a pé até o Metropolitan Museu. Já estava ficando desanimado quando, na porta do museu, escutei um grito “Ó campeão brasileiro!”. Aí não precisei falar mais nada. Estava em casa comentando sobre o nosso time como se estivesse na entrada do Mineirão. O resumo da conversa é que meu novo amigo trabalha num trailer próximo ao Metropolitan, faz 20 anos que saiu do Brasil e sua paixão pelo maior de Minas não diminuiu em nada.

Era óbvio que acabaria encontrando um cruzeirense pela rua e não seria num endereço chique. Afinal de contas, somos o time do povo. Gostei demais dessa frase. Encaixou perfeitamente com o que sempre pensei sobre a nossa origem.

Mas, voltando ao nosso lado internacional, bem que gostaria de saber quantos torcedores temos em terras além-mar. O português Benfica criou o conceito de “casas” espalhadas por vários lugares do mundo, para que os benfiquistas possam se encontrar. Seria maravilhoso achar amigos de sangue azul em outros países, falar na mesma língua e da mesma paixão.

Como somos internacionais, gostaria de ver uma versão do nosso hino com a participação dos nossos torcedores ou representantes de outros países. Já imaginaram o nosso hino cantado em pontos turísticos do mundo, como o Big Ben ou a Ponte do Brooklyn? Não precisamos de muito esforço para isso acontecer. Basta usar os nossos quase 3 milhões de fãs do Facebook.

Só estando longe de casa para sentir a importância do nosso time. Ninguém pra falar ou resenhar. Fica muito chato. Ainda bem que o pequeno recesso já está acabando e teremos mais emoção pela frente.

Por falar em recesso, essa legião de estrangeiros chamada de Seleção Brasileira terá de melhorar muito para que eu gaste meu tempo com ela. Jamais pensei que algum dia fosse escrever assim.