Com chegadas de Mano e Bruno Vicintin, Gilvan passou a ter mais tranquilidade para trabalhar

Mano Menezes chegou ao Cruzeiro há três semanas. Junto com ele, o clube celeste anunciou Bruno Vicintin como novo vice-presidente de futebol. Nesse tempo, o time ainda não apresentou nenhuma reação substancial que o distanciasse em definitivo da zona de rebaixamento, mas, fora de campo, muita coisa já mudou no Cruzeiro.

O primeiro ato foi a efetivação do auxiliar Deivid como funcionário de carreira do clube. Posteriormente, o Cruzeiro contratou Rafael Vieira, analista de desempenho que trabalhou na Seleção Brasileira, Grêmio e Corinthians. Depois, o clube fez uma seleção criteriosa para contratação do novo diretor de futebol, que deve ser anunciado nos próximos dias – Thiago Scuro, do Red Bull Brasil, está muito próximo de fechar acordo.

Por fim, o superintendente de negócios internacionais do clube, Sérgio Rodrigues, começou a figurar com frequência nos jogos, eventos e reuniões, mesmo longe de Belo Horizonte, como membro atuante da diretoria celeste.

”Assumimos a vice-presidência depois do fechamento da janela de transferências e concentramos em fazer uma equipe de profissionais de alto nível administrativamente, para depois montar um time de alto nível dentro de campo. Tudo seguindo determinação do presidente Gilvan, de reformular e fazer uma equipe de trabalho qualificada”, explica Bruno Vicintin.

Nas categorias de base, também ocorreram grandes mudanças nas últimas três semanas. O diretor Klauss Câmara recebeu um reajuste salarial, enquanto Emerson Ávila virou coordenador técnico na vaga de Raul. Marcos Valadares foi contratado junto ao Palmeiras e virou treinador sub-20 da Raposa.

Tranquilidade a Gilvan

Essas três semanas de Mano Menezes e Bruno Vicintin foram de grandes mudanças administrativas no Cruzeiro, mas também de transformação na postura da torcida em relação à equipe e à diretoria.

Antes, Gilvan vinha sendo constantemente cobrado e ameaçado. Essa exposição exagerada deu lugar a um cenário de tranquilidade para o presidente trabalhar. As agressões e os protestos foram substituídos pelo grande apoio da torcida nas arquibancadas, que abraçou o time na briga contra o rebaixamento.

Reaproximação da torcida

A reação positiva dos torcedores foi também fruto de ações práticas no departamento de marketing do Cruzeiro depois das mudanças na diretoria. Por sugestão de Vicintin, Gilvan autorizou que o clube adotasse preços populares de ingressos para os sócios. O clube incorporou o slogan “O Time do povo” para se aproximar do seu torcedor.

“A razão do Cruzeiro viver é a sua torcida. E quem viu 2013 e 2014 acompanhou um Cruzeiro dentro de campo muito forte, mas imbatível quando tinha a força da torcida no Mineirão. Fortificar essa relação foi decisivo", justifica Vicintin.

Outra mudança expressiva no marketing do Cruzeiro nessas três semanas foi a concretização do acordo com a Minas Arena para que o clube comercializasse bilhetes do setor corporativo do Mineirão. Esse era um antigo desejo da diretoria celeste e da torcida, mas que demorou dois anos e meio para ser realizado. "A presença da torcida, sem dúvida alguma, é nosso melhor reforço”, concluiu Vicintin.