20/9/2015 21:50
Mano Menezes festeja vitória em jogo que Cruzeiro soube deixar técnica em segundo plano
Treinador alertou jogadores que técnica não seria suficiente para vencer no Sul
Em quinta partida, treinador Mano Menezes conquistou segunda vitória à frente do Cruzeiro
Depois de três jogos, o Cruzeiro voltou a vencer sob o comando de Mano Menezes. Ao analisar o triunfo sobre a Chapecoense, por 2 a 0, em Chapecó-SC, o treinador atribuiu o resultado positivo ao comportamento dos jogadores, que entenderam que deveriam deixar a técnica em segundo plano.
“Disse aos jogadores que, nesse tipo de jogo, precisávamos valorizar mais o comportamento do que o jogo em si. Só igualando o comportamento, a disputa, os duelos individuais, poderíamos ter o todo mais forte e fazer valer a qualidade dos nossos jogadores. Eles entenderam o espírito. Foi importante ter maturidade para vir aqui, saber jogar o jogo como deveria. Os jogadores responderam bem. Isso é o que se leva daqui. O Cruzeiro é uma equipe técnica e soube jogar uma partida em que, muitas vezes, não era a técnica que seria preponderante”, analisou.
Mano Menezes, entretanto, ressaltou que a vontade de vencer não basta. O treinador citou o empate com o Vasco, na rodada anterior, e apontou a competência como o fator determinante para resultados positivos.
“A questão não é só ambição e vontade de vencer. Ambas as equipes entraram com necessidade extrema. Futebol é misto de interesse e disposição, mas acima de tudo é competência. Tivemos muita disposição na quarta-feira, mas o Vasco teve competência e não conseguimos a vitória. É um misto disso. Não tem faltado interesse. Às vezes, a situação de um bicampeão atrapalha um pouco. Você está acostumado com outra parte da tabela e se vê envolvido em outros colocações. Isso atrapalha o que tem de fazer. Tivemos muito mais conversas que treinamentos. Estamos conseguindo sair desssa situação”, disse.
Neste domingo, o Cruzeiro precisou superar o desgaste físico no segundo tempo. Por mais de 20 minutos, a equipe jogou com um homem a menos. Embora tenha recebido a informação que a expulsão de Willians foi injusta, Mano acatou a interpretação do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães.
“Jogar com um a menos me deixa nervoso, o desgaste é grande. Isso acaba até enganando a grande atuação da equipe. Com um a menos, você perde o foco. Não adianta querer atacar, porque não dá. A equipe começou bem, criou alternativas para vencer. O pessoal me disse que o lance não era para vermelho, mas entendo a leitura do árbitro, porque também achei que o Willians tinha feito a falta”, comentou.
Mudanças na equipe
Mano Menezes ainda justificou as duas mudanças que fez na equipe por opção técnica. Contra a Chapecoense, Fabrício voltou à lateral esquerda e Allano ocupou a vaga que era de Marquinhos nos últimos jogos.
A justificativa sobre a mudança na lateral passou pela expulsão de Fabrício contra o Santos, no último jogo de Vanderlei Luxemburgo à frente do Cruzeiro. “Estabeleço uma regra de comportamento para os jogadores. Quando cheguei, o Fabrício estava suspenso. No jogo seguinte, não iria premiar o que havia feito contra o Santos. Também tinha preocupação com a estatura. Pará é jogador de apoio, mas fez jogo intenso na quarta-feira. Tem questão do desgaste, mas também da estatura. Minha relação com eles é de tranparência. Eles têm de saber o que vale ou não. Não precisa dar soco na mesa ou gritar”, explicou Mano.
Sobre Allano, o treinador apontou a força do jovem atacante como motivo de sua entrada no time. “Allano foi questão tática. Não coloquei no treinamento porque não queria adiantar, mas falei com os jogadores. No jogo passado, tinhamos jogadores muito de beirada. A gente sabia que teria de reter a bola na disputa. Nesse aspecto, o Allano tem mais corpo. O Marquinhos entrou depois e se comprometeu muito. Eles também sabem o que penso. Os jogadores têm de se respeitar em cima dessas características, que ora favorece mais para um, ora para outro”, observou.
987 visitas - Fonte: Super Esportes