Mena e Giovanni Augusto disputam bola no disputado clássico deste domingo no Mineirão (Foto: Douglas Magno)
Sensacional. Adjetivo que define bem o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG disputado na tarde deste domingo, no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O empate por 1 a 1, gols de Willian e Carlos, teve ingredientes dignos de um filme de suspense campeão de bilheteria, já que não faltaram emoção, arrepios e muito frio na barriga. O Cruzeiro saiu na frente e, com um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo, segurou o resultado até os 43 do segundo tempo, quando sofreu o empate. A Raposa ainda teve a bola do jogo, num pênalti batido por Willian e defendido pro Victor, aos 46. Ufa!
O resultado mantém o Atlético-MG na vice-liderança do Brasileirão, com 49 pontos, cinco a menos que o Corinthians. O Cruzeiro é o 14º colocado, com 29 pontos, dois a mais que o Coritiba, primeiro time do Z-4. Na próxima rodada, o Cruzeiro recebe o Vasco, no Mineirão, enquanto o Atlético-MG enfrenta o Santos, na Vila Belmiro. Os dois jogos serão às 22h (de Brasília) de quarta-feira.
Equilíbrio
Como é de praxe, o clássico começou nervoso e com os dois times muito cautelosos em campo.
O Cruzeiro veio com postura um pouco mais ofensiva e o Atlético-MG ficou postado no campo de defesa, esperando o rival. Este panorama, porém, durou apenas 10 minutos, e, logo, o time alvinegro adiantou as linhas e tornou o jogo mais equilibrado, no que diz respeito a domínio territorial, porque as chances reais de gol foram escassas.
Entre os 25 e os 35 minutos, o Galo teve mais posse de bola. O posicionamento retraído da Raposa, no entanto, não significou espaços livres para o adversário, que pouco finalizou.
Depois disso, as ações se equilibraram novamente. Como as defesas seguiam levando vantagem sobre os ataques, o primeiro tempo estava com cara de 0 a 0. Até que, aos 37 minutos, a zaga atleticana cochilou. Willian se antecipou ao lance e bateu para o gol. A bola saiu fraca, mas o goleiro Victor aceitou. A pressão do Atlético-MG nos minutos finais não impediu que a etapa inicial terminasse com a vantagem do Cruzeiro.
Emoção até o fim
Atrás no placar, o Atlético-MG voltou com mudanças para o segundo tempo. A primeira foi a saída de Patric para a entrada de Carlos. A segunda foi de atitude. O time voltou mais ofensivo e fez uma verdadeira blitz, com muitos chutes a gol e cruzamentos na área. O lateral cruzeirense Mena foi expulso, aos seis minutos, e o Galo intensificou ainda mais a pressão. O Cruzeiro passou a ter muitos espaços para contra-atacar. O o meia Alisson, por muito pouco, não faz o segundo gol azul.
A partida se tornou eletrizante e imprevisível. O Atlético-MG continuou atacando com todas as suas forças. Leonardo Silva aparecia infiltrado entre os zagueiros do Cruzeiro como se um atacante. Enquanto isso, o bicampeão brasileiro se defendia como podia. Inclusive, com o apoio da torcida, que cantou ininterruptamente dos 20 minutos até o final. De tanto tentar, porém, o Atlético-MG chegou ao empate, com o jovem Carlos. Aos 43 minutos, ele aproveitou escanteio de Dátolo e cabeceou para vencer Fábio.
Quando as emoções do jogo pareciam ter se encerrado, o Cruzeiro teve um pênalti, aos 45 minutos. Willian, que havia sofrido a penalidade, fez a cobrança, mas Victor fez a defesa e garantiu que o empate ficasse no placar até o apito final do gaúcho Leandro Pedro Vuaden.
Rivais buscaram o gol até o último minuto do jogão deste domingo (Foto: Douglas Magno)