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31/8/2015 20:57

Gilvan revela que esteve perto de renunciar à presidência do Cruzeiro

Após anunciar a demissão de Vanderlei Luxemburgo, mandatário da Raposa diz que pensou em deixar o cargo, mas que diretoria não aceitou a sua saída

Gilvan revela que esteve perto de renunciar à presidência do Cruzeiro
Gilvan Tavares concedeu longa entrevista na Toca da Raposa II (Foto: Washington Alves)

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, deu uma longa entrevista na Toca da Raposa II, na tarde desta segunda-feira. O dirigente cruzeirense explicou os motivos da demissão de Vanderlei Luxemburgo e do diretor de futebol Isaías Tinoco. Gilvan também revelou que chegou a deixar seu cargo à disposição do conselho deliberativo do clube, que não aceitou a renúncia. O presidente anunciou o nome de Bruno Vicintin, superintendente das categorias de base, como novo vice-presidente de futebol. Juntos, os dois vão escolher o nome do novo treinador do Cruzeiro.

- Convoquei meus parceiros de diretoria, e disse para eles que a coisa havia tomado um rumo no Cruzeiro que eu não entendia direito. Se parte da imprensa e grande parte da torcida, através das redes sociais, precisavam da cabeça de alguém, talvez fosse a cabeça do presidente do Cruzeiro, e que estava disposto a deixar na mão deles essa decisão. Não aceitaram de forma nenhuma, acharam que seria a pior decisão. Essa repugnância criada por parte grande da imprensa e nas redes sociais, você não consegue mudar o perfil das pessoas. Tenho ouvido das pessoas que sou teimoso, um velho que não deve mais estar na direção do Cruzeiro. Como se idade não fizesse a pessoa capaz de exercer determinadas funções.

- Hoje tive que, como presidente, tomar a decisão de conversar com nosso treinador, ex-treinador agora, Vanderlei Luxemburgo, e com o diretor Isaías Tinoco, e expor para eles que havia a tendência da torcida de não aceitá-los mais como treinador e diretor do Cruzeiro.

Sou desses cruzeirenses que, quando o Cruzeiro perde, não conseguem dormir. Passei a noite acordado, porque não estamos tendo bons resultados.

Gilvan de Pinho Tavares revelou que membros da diretoria não aceitaram a sua renúncia (Foto: Tayrane Corrêa)

Ofensas da torcida

- No penúltimo resultado do Cruzeiro (derrota para o Palmeiras por 3 a 2), eu, depois de receber ofensa em um camarote, fui xingado de ladrão, e até então eu era intocável nesta parte. Não conhecia um dirigente mais sério que eu, e não aguentando os desaforos, eu sai. E tive que ouvir reporte dizendo que eu saí correndo. Um absurdo.

Bruno Vicintin

- Tomei hoje de manhã outra decisão. Bruno Vicintin é um companheiro que está comigo na diretoria. Convidei o Bruno para ocupar o cargo de vice-presidente de futebol profissional, para ajudar a dividir as tarefas do cargo de presidente. Sobre o novo treinador, já conversei com o Bruno. Uma pessoa como o Bruno, vice-presidente de uma grande empresa, não pode estar à disposição toda hora, atrás da gente, viajando toda hora. Mas ele vai dividir comigo essa função. Quando ele puder, ele vai, quando não puder, eu vou. Ele vai me ajudar a decidir o nome do treinador de futebol. Que caia nas graças da imprensa e que faça um bom trabalho no Cruzeiro.

Luxemburgo foi demitido nesta segunda após reunião com o presidente do Cruzeiro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Erros da diretoria

- Onde teria errado a diretoria? Não era para vender Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart? Era para segurar? Porque, para mim, são só essas duas peças que fazem falta. Mas, às vezes, a imprensa divulga coisas que não sabe. Falam que fizemos um desmanche no time, sendo que Egídio é um jogador do Tombense, e tínhamos apenas um percentual dele. Tinha uma cláusula no contrato que, quando achássemos um determinado valor por ele, tínhamos que deixá-lo sair. Não tínhamos o menor interesse em vender o Lucas Silva, porque não tínhamos percentual dele, mas foi uma pressão tão grande, que conseguimos que os parceiros nos cedessem porcentagem para concordássemos em vender. O Éverton ficou uns 15 dias em negociação, com ele todos os dias, com o empresário exigindo que pagássemos o que estavam oferecendo, ou que concordássemos com a venda. Não podíamos competir com os valores econômicos. Precisávamos pagar a conta dos dois anos que esses atletas ficaram no Cruzeiro.

Renovação de contrato de Fábio

- Eu vou dizer o seguinte. O contrato dele vai até o fim de março. Não sei porque essa presa da imprensa de renovar agora em agosto e setembro. O Fábio fez uma proposta, e o Cruzeiro fez a contraproposta. O empresário dele está com essa proposta a mais de 15 dias e ainda não deu uma resposta. Fizemos um bom reajuste, reconhecendo o trabalho dele no Cruzeiro, mas agora quem deve a reposta é o empresário dele.

5649 visitas - Fonte: Globo Esporte




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