31/8/2015 11:16
#ReajaCruzeiro. O coração azul está sangrando
Torcida precisa abraçar o time para evitar uma tragédia
Já se passaram oito meses e o ano de 2015 se configura como um dos mais complicados da rica história celeste. Entre os diversos títulos, glórias e episódios de superação, o Cruzeiro vivencia uma crise técnica pior que o ano de 2011, mesmo tendo um plantel bem mais forte. O que mais preocupa o cruzeirense hoje, além da real possibilidade de rebaixamento, é a falta de perspectiva de que as coisas possam mudar.
Gilvan de Pinho Tavares, o presidente, é um grande cruzeirense, que presta serviços ao clube há mais de cinco décadas. É sob sua administração que o clube conquistou um bicampeonato brasileiro inédito. Por ser tão cruzeirense assim, chegou a hora de Gilvan usar muito sua razão e principalmente sua paixão para perceber que, a continuar assim, o Cruzeiro cai. E terá a maior mancha em sua história. Tanto o clube, quanto o presidente.
Muito já se reclamou, se xingou, se cornetou. Mas hoje eu, particularmente, me sinto meio sem forças. Porque reclamar, xingar e cornetar não tem adiantado. No popular, “entreguei para Deus”. Porque não depende apenas de mim ou de você que lê esse texto. Podemos ajudar, mas nada adianta se o presidente não se sensibilizar a ponto de ouvir um grito que tem saído direto dos corações azuis que estão sangrando no momento.
Dane-se a transição, as surpresas que a caixinha do futebol oferecem, a máxima de que “time grande não cai”. Time grande cai sim, sejamos sinceros. Quando se bate no peito para gritar “INCAÍVEL” após um 6 a 1, é do futebol. Mas a razão está aí para nos desafiar.
Hoje o Cruzeiro tem o futebol mais pobre da Série A. Até o Vasco, que tem plantel inferior, é mais competitivo. O Cruzeiro é o time que menos treina e, quando treina, treina mal. Os métodos são ultrapassados. As escolhas de Luxemburgo são sempre questionáveis. Isso para um técnico que ficou famoso por melhorar suas equipes nos intervalos de partidas complicadas ou em alterações cirúrgicas no decorrer da partida denuncia que ele, Luxa, perdeu o brilho e toda sua capacidade.
Mas, como disse, já reclamamos demais. O futuro do Cruzeiro está nas mãos de apenas uma pessoa: Gilvan de Pinho Tavares.
Quando os 8 mil cruzeirenses cantaram boa parte do segundo tempo, 8 milhões se sentiram representados mundo afora. O grito, mesmo que apenas no consciente, pulsou direto do coração. Um coração acostumado às vitórias e que também carrega no peito o prazer de ostentar suas únicas cinco estrelas.
Mas o coração azul está sangrando. O Cruzeiro de hoje está na UTI, em vias de morrer, esperando para ser enterrado. Gilvan terá que mais do que nunca se valer de sua alcunha de “doutor” e aplicar uma injeção de novo ânimo neste time, que passa pelas demissões de Vanderlei Luxemburgo e Isaías Tinoco. Sem ressentimentos.
Chegou a hora do Cruzeiro ficar na mão de cruzeirenses, que sabem do tamanho e representatividade do clube. E, mais do que tudo, que sabem o quão seria trágico uma queda para a Segunda Divisão.
Convido o torcedor cruzeirense a fazer um esforço e ir ao estádio. Por um dia da semana, por 90 minutos no dia, esquecer todos os equívocos e decisões mal tomadas em 2015.
Apóie o time. Faltam 17 jogos e só abraçando a equipe o Cruzeiro poderá sair do buraco. 2016 é outra história; cobre depois.
Que Gilvan é cruzeirense eu não duvido. Resta saber se o coração dele está sangrando como o nosso.
#ReajaCruzeiro
1572 visitas - Fonte: ESPN