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28/8/2015 10:07

Demissão de Luxa salvou o Atlético do rebaixamento

Demissão de Luxa salvou o Atlético do rebaixamento
Luxa qualificando como "normal" mais uma derrota celeste. Conformismo que não condiz com seu passado

Que o Cruzeiro vive um período extremamente complicado e uma crise de identidade com pouquíssimos precedentes em seu glorioso passado, todo mundo sabe. Mas o que poucos sabem ou não lembram é que em 2010, o então presidente do nosso rival, Alexandre Kalil, se viu na íncomoda situação de ter que demitir Luxemburgo, treinador do Atlético na época, para evitar que um boicote promovido pelos jogadores rebaixasse o time.


Com uma campanha digna de rebaixamento, a paciência esgotou após a goleada sofrida contra o Fluminense (5 a 1 fora o baile), onde ficou nítido o descompromisso do time. Kalil então resolveu ter uma conversa franca com seus jogadores e foi ai que descobriu o compló para derrubar o treinador, motivado por uma insatisfação geral com seu método de trabalho. Incrédulo, Kalil chamou o Luxa e o demitiu no ato pois o desespero de uma eventual segunda queda para a série B era mais forte que qualquer outro ato sensato: não havia como punir todos os jogadores, ou cobrar deles uma postura profissional.




Kalil por vezes deu entrevista relatando o ocorrido, se mostrando espantado com a existência de atos de boicotes. Ingenuidade que cheira a lero-lero, pois alguém com um trânsito extenso no mundo do futebol como ele sabe exatamente como funcionam as coisas. De qualquer forma, logo após a demissão do Luxa, os líderes do grupo foram ao Kalil e prometeram que o time não iria cair, como de fato ocorreu. Dorival Júnior chegou, botou ordem na casa e o Atlético acabou permanecendo na primeira divisão (13o lugar com 45 pontos).


Hoje o Cruzeiro vive uma situação semelhante ao que ocorreu com o Atlético de Luxemburgo. Um grupo que aparentemente tem jogador que se encaixaria em qualquer clube do Brasil, encontra sérias dificuldades para assimilar as instruções (pressupondo que elas existam) do Luxemburgo. Coincidentemente ou não, a queda de produção ocorreu logo em seguida àquele esporro nos vestiários que vazou na mídia e que provocou um certo incómodo nos bastidores celestes.



Para o Cruzeiro permanecer na primeira divisão tem que ganhar 8 jogos em 17. Com Luxemburgo ganhou 6 em 18 (ou 3 nos últimos 15 jogos)



Vasculhando nos arquivos confidenciais do treinador celeste, encontramos um histórico controverso no que diz respeito sua intolerância às manifestações religiosas dos jogadores. Algo que pode ser considerado fatal na Toca 2 onde a maioria dos jogadores segue preceitos cristãos, como estudos e cultos. Quem não se lembra da faixa patrocinada pelas esposas dos jogadores que frequentemente promovem encontros, com os dizeres: “A Deus toda a glória”?



Leia mais: Novo técnico do Flamengo, Vanderlei Luxembrugo proibe pastor e cultos evangélicos entre os jogadores



Por mais que eu condene e despreze este tipo de atitude, boicotes fazem parte do submundo do futebol e podem, sim, determinar a queda de times grandes e tradicionais como o Cruzeiro. Para agravar a situação, nosso clube ainda convive com uma situação política extremamente delicada, com uma diretoria esfacelada e um presidente que abandona o Mineirão ainda no intervalo do jogo: é a deixa para que o marasmo se instale na Toca.

Após duas temporadas de sonho, 2015 foi marcado por uma sequência trágica de erros que nos custaram jogos, títulos e prestígio. Decisões e apostas equivocadas nos trouxeram até este cenário grotesco. Duvida-se até que o nosso treinador treine o time, tamanho o descompromisso e o desentrosamento dos jogadores. Seria deliberadamente corpo mole para ser demitido e ganhar uma gorda multa rescisória? Não duvido de nada, afinal seu histórico recente é marcado por este tipo de situação.

Não posso aqui afirmar que existe um boicote, nem que o Luxa esteja gerando rachas no elenco, mas a falta de reação da equipe celeste indica algo extremamente sério acontecendo na Toca. Se o Gilvan não demitir o Luxa (e, junto com ele, o estranho diretor de futebol, Isaías Tinoco), vai ser marcado para sempre como o presidente da primeira queda celeste à segunda divisão. Uma mancha indelével que estará estampada em sua testa toda vez que encontrar um torcedor cruzeirense na rua a caminho da padaria.


Gilvan, seja menos prepotente e escute sua torcida. Mas antes disso, escute seus jogadores. Vai que descubra alguma coisa.

6699 visitas - Fonte: ESPN




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