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19/8/2015 15:29

Gilvan condena divulgação de áudio e espera por pedido de desculpas

Presidente do Cruzeiro revela apoio recebido após divulgação não-autorizada de conversa com integrante de organizada e reafirma política de não dar ingressos

Gilvan condena divulgação de áudio  e espera por pedido de desculpas
Torcida do Cruzeiro no Maracanã: alguns ingressos fora de BH são cortesia (Foto: Tarcísio Badaró)

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, aguarda por um pedido de desculpas da Máfia Azul pela divulgação de uma conversa gravada sem autorização por um integrante da torcida organizada. No diálogo, o dirigente é cobrado pelo repasse de ingressos para os jogos do time contra Palmeiras, nesta quarta-feira, e Corinthians, no próximo domingo. Na avaliação de Gilvan, a intenção do integrante da torcida - conhecido como Quick - era colocá-lo contra os cruzeirenses, mas a divulgação acabou gerando um efeito oposto.

- Ninguém me procurou para pedir desculpas. E eu vou colocar para aquele torcedor que ele pode me procurar, para ver se eu recebo a torcida Máfia Azul.

Agora, quando ele me procurar não vou receber. Só se publicar um pedido desculpas, dizendo que fez uma coisa indevida e publicou uma matéria com uma conotação diferente daquilo que eu disse. Essa publicação podia ter um efeito ruim, mas teve justamente contrário. Se ele teve intenção de pôr a torcida contra a pessoa do presidente, acabou fazendo o contrário. Porque estou recebendo uma quantidade de mensagens de torcedores do Cruzeiro, de pessoas ligadas ao esporte, de imprensa e de conselheiros do Cruzeiro elogiando minha postura. Ele fez exatamente o contrário do objetivo que ele tinha.

Gilvan de Pinho Tavares lamentou o fato, especialmente por se tratar de um pessoa conhecida no clube, com quem sempre manteve uma relação cordial.

- Esse rapaz está sempre por ali no centro de treinamento do Cruzeiro. Nunca foi agressivo. E não foi dessa vez também não. Escondeu o gravador e chegou quando eu estava esperando o portão da garagem abrir. Bateu no vidro. Vi quem era e abri. E ele fez aquela abordagem. Não achei agressivo, foi apenas descortês de gravar sem autorização. E mais, de colocar nas redes sociais da forma que colocou.

Em BH, não!

O presidente reafirmou a política adotada por ele assim que assumiu o Cruzeiro de não dar ingressos às organizadas. As entradas citadas na conversa são referentes à cota acertada entre clubes: o visitante recebe um determinado número, destinado a parceiros comerciais. Quando há sobra, esses ingressos são repassados às organizadas. Sempre em jogos fora de Belo Horizonte, nunca no Mineirão.

- Quando a gente viaja, para jogar fora, os clubes mandantes fornecem determinado número de ingressos para o visitante. Por exemplo, nós vamos jogar hoje com o Palmeiras, e eles nos cederam certo números de ingressos, e a maioria desses ingresso sobra, porque não vai tanta gente da diretoria do clube. Neste caso eu não vejo problema nenhum de repassar ingressos para a torcida que, às vezes não tem condição de comprar, chega na última hora de ônibus. E se a gente não repassar, vai acabar perdendo os ingressos. Cada clube tem uma cota. Não é um número fixo. Uns fornecem menos, outros mais.

Uns dão 100, 150 ingressos, outros dão 30, 40. Não tem um número fechado. Mas desses que sobram, a gente repassa sem problema nenhum. Não só para organizada, mas outros torcedores vão para assistir ao jogo.

Gilvan de Pinho Tavares: "É preciso que a torcida colabore" (Foto: Washington Alves/Light Press)

Gilvan Tavares garante que mantém a decisão de não repassar ingressos em Belo Horizonte. E reitera a importância de a torcida continuar ajudando o clube.

- Desde que assumi a presidência do Cruzeiro, entendi que a gente tinha que investir muito no nosso programa de sócios-torcedores, porque só dessa forma conseguiríamos aumentar a receita e fazer um bom time de futebol. Com a contribuição do sócio-torcedor, poderíamos manter um plantel de qualidade elevada. Porque salário de jogador é o que mais pesa nas despesas do clube: mais de 80%. Não é só o presidente do clube que tem que fazer sacrifício para montar um time que quer buscar títulos. É preciso que a torcida colabore.

Quando o torcedor quer um elenco bom, tem que colaborar e pagar. Então, você não pode cobrar de uns e não cobrar de outros. Não pode faz diferença com torcedor de organizada e o torcedor comum, que faz sacrifícios para ir ao campo, pagam a mensalidade do sócio-torcedor e, às vezes, nem vai, mas está colaborando com o time. Não é possível que vamos dar de graça para esses torcedores só porque acham que têm direito porque vão mais vezes no campo.

Nós não vamos mudar essa postura nunca, de tirar receita do clube para dar ingressos para torcedor. Isso acabou definitivamente.

1617 visitas - Fonte: Globo Esporte




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