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14/8/2015 12:52

Derrocadas em números

Em condições normais de temperatura, pressão, sorte e competência, Pratto guardaria pelo menos um. Mas tudo indica que as condições de quinta-feira na capital mineira não eram as ideais

Derrocadas em números

A aplicação dos números no futebol vai muito além das meras contas para traçar metas. Eles ajudam, por exemplo, a explicar as derrotas de Atlético e Cruzeiro quinta-feira, no Campeonato Brasileiro. No Mineirão e na Arena Joinville, foram pouco mais de 90 minutos de agonia, cinco gols sofridos, três pontos desperdiçados. Nas duas únicas vezes em que chegou ao gol de Victor, o Grêmio fez os dois gols que garantiram seu triunfo e tiraram do Galo a liderança. No Sul, o Joinville conseguiu, pela primeira vez nesta edição do Nacional, fazer três gols em um adversário, na primeira vez que o time de Luxemburgo foi vazado mais de uma vez em uma partida do campeonato. Uma relação quase cabalística.

Mais números do Gigante da Pampulha: a grande esperança de gols para os atleticanos, Lucas Pratto (foto), teve apenas duas chances para marcar durante todo o jogo – as mesmas duas chances que bastaram ao tricolor gaúcho. Mas era aquele dia em que técnicos e jogadores adoram descrever como o dia “em que a bola não queria entrar”. Reza a lenda que quando ela não quer, não há quem faça milagre. Em condições normais de temperatura, pressão, sorte e competência, Pratto guardaria pelo menos um. Mas tudo indica que as condições de ontem na capital mineira não eram as ideais, e o gringo desperdiçou as duas oportunidades que teve.

Para o Grêmio, estatísticas mais do que favoráveis. O primeiro gol, sobretudo, merece uma tradução simbólica em números: o belo contra-ataque teve 10 passes perfeitos até a bola morrer no fundo das redes atleticanas. A conta fecha também para o treinador, que está há quase três meses no comando da equipe – foi a 10ª vitória do time no 17º jogo com Roger Machado, 23 gols a favor e 11 contra. Nesse período, a equipe empatou duas vezes e perdeu cinco.

Para não dizer que o saldo foi de todo negativo para o alvinegro, mais uma vez a torcida fez a parte dela: quase 50 mil atleticanos no Mineirão e uma renda superior a R$ 1 milhão. No fim, reconhecendo a boa campanha no Brasileiro (apesar dos dois últimos resultados negativos – e o empate com o Goiás entra na seara dos tropeços, sim senhor, apesar do campo irregular do Serra Dourada, do calor, etc., etc., etc. e tal) –, ela aplaudiu os jogadores. Essa sintonia entre torcedor e time é um dos aspectos mais bonitos do futebol. É a essência, o alicerce, a razão de existir do esporte bretão. Fora das quatro linhas, pelo menos, a vitória foi do Galo.

Vamos à leitura numérica da derrocada celeste. No duelo em que o aprendiz (PC Gusmão) deu um baile no mestre (Vanderlei Luxemburgo), o Joinville conseguiu sua maior proeza no Brasileiro. Até então, somente dois times haviam saído derrotados da Arena Joinville, dos oito que haviam atuado lá: o Avaí, dentro daquela máxima de que em clássico não há favorito, e o Goiás, que desde o início da competição provou que sua inglória luta seria não cair. A maioria (Internacional, Flamengo, Corinthians e Atlético-PR) voltou para casa com o triunfo na bagagem. Dois conseguiram pelo menos um pontinho em Santa Catarina: Palmeiras e Ponte Preta.

Mas o Cruzeiro foi lá e sucumbiu. Para Fábio, especialmente, a derrota teve alguns quilos extras de peso, pois começou a ser construída com a jogada que é considerada seu calcanhar de Aquiles: as faltas. Marcelinho Paraíba acertou um petardo, no quinto gol de falta sofrido pelo goleiro celeste este ano – em quatro deles, a Raposa saiu derrotada. Quinta-feira o enredo não foi diferente.

Na balança de Luxa, déficit na defesa e no ataque: agora são seis partidas, ou quase 600 minutos, sem balançar as redes fora de casa. Para aumentar o saldo devedor cruzeirense, foi a primeira vez na história que o Joinville conseguiu vencer o time celeste. Se a derrota, por si só, já não estava nos cálculos, de goleada foi ainda mais difícil de contabilizar.

762 visitas - Fonte: superesportes




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