Em 2010, Vanderlei Luxemburgo foi ironizado em clássico e reagiu com polêmica 'banana' para cruzeirenses

O jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, neste domingo, no Mineirão, às 16h, marcará o reencontro de ex-cruzeirenses vitoriosos pelo clube com a torcida celeste. O técnico Marcelo Oliveira, o diretor de futebol Alexandre Mattos e o lateral Egídio, bicampeões brasileiros pela Raposa, agora defendem as cores alviverdes.

Por gratidão, parte dos cruzeirenses já se manifesta a favor de aplausos ao treinador e ao dirigente, dois dos principais responsáveis pelo bicampeonato nacional em 2013 e 2014. É o que mostra o resultado parcial da enquete do Superesportes.

Porém, o técnico Vanderlei Luxemburgo se demonstra incomodado com essa possível atitude da torcida. O treinador relembra que sempre foi encarado como um rival do Cruzeiro depois que deixou o clube, mesmo tendo conquistado a inédita Tríplice Coroa.

“Eu trabalhei no Cruzeiro em 2003 e depois fui trabalhar em outros clubes do futebol brasileiro, só voltei em 2015. Nesse tempo, em todas as ocasiões que eu vim jogar aqui eu fui encarado como adversário, esquece Tríplice Coroa”, observou o treinador, que completou.

“Então, agora, o cruzeirense tem que entender que o Palmeiras é adversário, espero que ele (torcedor) faça sua parte, que é incentivar para ganhar do Palmeiras e dos profissionais que lá estão. Espero que ele tenha discernimento de entender que é rival, e isso não vai tirar o bicampeonato brasileiro, nem a Tríplice Coroa”, disparou.

O ponto alto das provocações dos cruzeirenses a Luxemburgo ocorreu em 2010, quando ele comandava o Atlético e jogou contra o Cruzeiro. Na ocasião, os torcedores gritaram o nome do treinador de maneira irônica, já que a Raposa derrotou o Galo por 3 a 1. Os cânticos irritaram Luxa, que mostrou uma banana para a torcida. Posteriormente, Vanderlei alegou que seu gesto significava “sangue nas veias” e não uma banana.

“Não espero outra coisa da torcida do Cruzeiro, porque fui encarado como adversário quando vim aqui e isso não tirou minha Tríplice Coroa, que está na história. No jogo, é rival, são 90 minutos de rivalidade. Depois, a história continua, ninguém vai tirar o bicampeonato, a Tríplice Coroa, nem as outras histórias bonitas do Cruzeiro, do Raul, do Tostão”, finalizou Luxemburgo.