Jogadores celebram o histórico título de 1996, contra o Palmeiras, no Palestra Itália
Ontem, em um bate-papo com meu amigo de longa data PC Almeida, que escreve sobre o Cruzeiro no portal mineiro Superesportes, entramos em divergência sobre as aspirações celestes no segundo semestre, diante da disputa da Copa do Brasil e do difícil embate diante do Palmeiras, já de cara.
O pequeno debate começou em uma tuitada de PC, que disse que, por ele, o Cruzeiro botaria o sub-20 para jogar a Copa do Brasil e que o foco deve ser unicamente o de chegar logo aos 45 pontos no Campeonato Brasileiro e evitar que o péssimo ano azul se encerre com chave de lata. No outro lado da discussão, entendo que essa deva ser uma preocupação (chegar aos 45), mas não concordo em abrir mão de um torneio em que somos um dos maiores vencedores e que pesa tanto na nossa galeria de troféus.
Tudo bem, tradição não ganha jogo. Mas acho que deve sempre ser respeitada. Um penta da Copa do Brasil em 2015 seria um sucesso totalmente fora da curva, diante do planejamento mal feito para a temporada. Ainda assim, por mais que o time ainda não tenha se encontrado em sete meses de temporada, acho que dá para beliscar algo. Mesmo não tendo a melhor equipe, nem o melhor elenco. Esse tipo de competição abre precedente para times que correm por fora. Não existe favorito.
Basta ver, recentemente, o Palmeiras de 2012, que acabou sendo rebaixado. Vale um adendo: naquele ano, a Copa do Brasil se encerrava em julho, cinco meses antes do fim do Brasil. A queda alviverde não esteve diretamente atrelada a uma possível prioridade dada ao torneio eliminatório. Sem falar em campeões improváveis ao longo dos anos, como Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista. Ou até mesmo o Flamengo de 2013, que começou sua arrancada diante do próprio Cruzeiro, que em tese tinha um time bem mais forte.
Sinceramente, não vejo o elenco do Cruzeiro entre os piores do futebol brasileiro hoje em dia, por mais que tenha suas carências evidentes. O que não houve mesmo, até agora, foi encaixe. Ou Atlético/PR, Grêmio e Sport, que estão bem a nossa frente no Brasileirão, têm elencos melhores? Duvido. Eles têm times mais bem montados e propostas de jogo melhor definidas.
Para a Copa do Brasil, torneio de tiro curto, é preciso antes de tudo que o time tenha foco e jogue a competição com inteligência. Pegar o Palmeiras logo agora talvez tenha sido o melhor dos cenários. Se vencer, ganha confiança nas duas frentes. Se perder, não será uma tragédia, nem vai atrapalhar no Brasileiro.
O que não concordo é abrir mão da Copa do Brasil nessa altura da temporada. O Brasileirão nem completou um turno, então não dá para cravar qual equipe terá tranquilidade e discernimento suficientes para priorizar uma das competições. No Brasileirão, hoje, com o início da Copa do Brasil, todas as equipes ainda têm suas aspirações, mas nenhuma destas aspirações será resolvida hoje.
A discussão é boa e válida. Enquanto debatemos ontem, foram as diversas opiniões dos torcedores. Uns defendendo a ideia de se focar apenas no Brasileirão, pela honra. Outros achando que dá para conciliar os dois torneios e lutar pela glória do penta na Copa do Brasil.
Pela honra ou pelo penta? Pelos dois!
* As finais vencidas pelo Tetracampeão Cruzeiro na Copa do Brasil.
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