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5/8/2015 11:19

Na roda da história

Duelo dos Palestras na Copa do Brasil terá no domingo um aperitivo pelo Brasileiro. Atração extra será a disputa entre treinadores de forte ligação com ambos os clubes

Na roda da história

Não bastassem os fortes laços que os unem desde a origem italiana, Cruzeiro e Palmeiras vão se enfrentar nas oitavas de final da Copa do Brasil comandados por treinadores que fizeram parte da história recente do rival. Atual comandante celeste, Vanderlei Luxemburgo conquistou o bicampeonato brasileiro em sequência (1994 e 1995) pelo time paulista, hoje comandado por Marcelo Oliveira, que levantou as duas últimas taças pela equipe celeste. O primeiro duelo será no Allianz Parque, em 19 ou 20 deste mês, e o de volta na semana seguinte, no Mineirão. Um aperitivo do confronto será disputado domingo, às 16h, no Gigante da Pampulha, no duelo de Palestras pela 17ª rodada do Brasileiro.

Luxemburgo e Marcelo estão intimamente ligados aos dois clubes. Vanderlei era o treinador do Palmeiras, derrotado pelo Cruzeiro na decisão da Copa do Brasil de 1996. Dois anos depois, sofreu outro revés para os mineiros à frente do Corinthians, desta vez nas oitavas. Em 2003, no comando da Raposa que conquistou a tríplice coroa, sagrou-se campeão em cima do Flamengo. Ao todo, participou de 16 edições da Copa do Brasil, com um título e dois vices.

Marcelo tem trajetória invejável na Copa do Brasil, embora sem títulos. Em apenas quatro participações, conquistou três vices-campeonatos, pelo Coritiba em 2011 e 2012 e pelo próprio Cruzeiro no ano passado, perdendo a decisão para o arquirrival Atlético. O segundo vice foi justamente para o Palmeiras, com uma derrota e um empate contra a equipe de Luiz Felipe Scolari. Apesar da discrepância dos números de participação dos dois, o aproveitamento é parecido. Campeão e duas vezes vice, Luxemburgo tem 69% de aproveitamento, contra 66% de Marcelo, três vezes vice.

TEMPORADA Desde que assumiu há dois meses a vaga deixada pelo demitido Marcelo no Cruzeiro, Luxemburgo comandou a equipe em 12 partidas, com aproveitamento de 47,2%. Ao empatar com o Sport por 0 a 0, na Arena Pernambuco, o time celeste caiu para a 14ª posição do Brasileiro, a quatro pontos da zona de rebaixamento. Ao regressar ao clube, ele elogiou o antecessor: “O Marcelo é competente, já provou isso, saiu por circunstâncias do futebol”.

Seu antecessor na Toca da Raposa reencontrou o caminho das vitórias no Palmeiras e teve sequência de oito jogos sem derrotas encerrada no domingo: 1 a 0 para o Atlético-PR, em casa. Sexto colocado no Brasileiro, o alviverde está a um ponto da zona de classificação à Libertadores. Sob a direção de Marcelo, tem rendimento de 70%. E na Copa do Brasil chegou às oitavas de final ao superar o mesmo alagoano ASA que em 2002 eliminou os palmeirenses em pleno Parque Antarctica – em processo de desgaste, o técnico Vanderlei Luxemburgo, meses depois, deixaria o clube para assumir o Cruzeiro. E fazer história.

Luxemburgo
69% de aproveitamento na Copa do Brasil
16 participações
94 jogos
58 vitórias
21 empates
15 derrotas

Campeão
Cruzeiro 2003

Vice
Palmeiras 1996
Corinthians 2001

Semifinais
Flamengo 1995 e 2014
Grêmio 2012
Quartas de final
Palmeiras 1993 e Flamengo 2011

Oitavas de final
Flamengo 1994, Santos 1997, Corinthians 1998, Santos 2006, Palmeiras 2008, Atlético 2010 e Fluminense 2013

1ª fase
Palmeiras 2002

Marcelo
66% de aproveitamento na Copa do Brasil
4 participações
31 jogos
19 vitórias
5 empates
7 derrotas

Finais
Coritiba 2011, Coritiba 2012 e Cruzeiro 2014

Oitavas de final
Cruzeiro 2013


ANÁLISE DA NOTÍCIA

O peso dos fatores

Vanderlei Luxemburgo e Marcelo Oliveira atuaram juntos na Seleção Brasileira de Novos no Torneio de Cannes, em 1973. Quarenta e dois anos depois, vão se reencontrar nos duelos entre Cruzeiro e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Substituto do colega no comando celeste, Luxa busca ser novamente protagonista da competição, que conquistou há 12 anos à frente da Raposa e da qual havia sido vice-campeão duas vezes – com o alviverde em 1996 e com o Corinthians em 2001. Marcelo, hoje no ex-Palestra paulista, parte para sua quinta edição. Nas quatro anteriores, foi vice duas vezes com o Coritiba, em 2011 e 2012, e no ano passado com o Cruzeiro. Como na questão do copo meio cheio ou meio vazio, ele é tanto elogiado quanto criticado por isso. De qualquer forma, chegar a três decisões de uma competição eliminatória é prova de trabalho benfeito. Já ganhar ou perder a taça depende de fatores como força do adversário, condição da equipe no momento da disputa, uma ou duas noites infelizes, atuação da arbitragem e até da sorte. (Cláudio Arreguy)

765 visitas - Fonte: superesportes




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