2/7/2015 14:46
OFF - MP do Futebol é retirada de pauta na Câmara; votação fica para terça-feira
Deputados pediram adiamento, e relator Otávio Leite abre nova rodada de negociações
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha garantiu que o assunto será abordado na terça-feira (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
A 15 dias do prazo final para votação da Medida Provisória 671 no Congresso, o texto do projeto que refinancia as dívidas dos clubes com a União foi retirado de pauta da sessão da Câmara dos Deputados desta quita-feira. Apesar da expectativa e das várias conversas durante a semana para a apreciação da MP no plenário, o adiamento foi concretizado, mediante a promessa de votação na próxima sessão, terça-feira.
O relator do projeto, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), chegou a tentar evitar o adiamento, mas diante do posicionamento contrário da maioria das lideranças, teve que dar o braço a torcer.
- Eu já ouvi 500 mil pessoas sobre esse tema. Ouvir 550 não custa nada. Estou me dirigindo à sala da presidência para inaugurar o diálogo para chegar ao texto final - afirmou Otávio, que acabou votando sim pelo adiamento.
Entre as lideranças que tomaram a iniciativa de adiar a discussão esteve Vicente Cândido (PT-SP), que é sócio do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e diretor de assuntos internacionais da entidade. Outro integrante da bancada da bola, Jovair Arantes (PTB-GO) apelou aos colegas:
- Tínhamos acordos feitos. Estou pedindo que possamos adiar para terça e vamos para a sala agora. Quem tiver alguma coisa, vamos lá. Na terça, com qualquer resultado, bota para votar. Eu queria pedir aos deputados que pensem no futebol brasileiro. Não vamos deixar a demagogia tomar conta do assunto.
Temos que tratar da falência dos clubes brasileiro.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) alertou para a tentativa de uma parcela da Câmara de deixar a matéria caducar.
- Há gente que quer deixar essa MP caducar. Vamos enfrentar isso na terça-feira - afirmou.
O texto da MP sofreu alterações nesta semana após articulação da bancada aliada da CBF e dos clubes. Um dos pontos, por exemplo, foi o aumento do limite com gastos no futebol de 70% para 80% da receita bruta dos clubes.
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