13/5/2015 08:33
Atacante campeão por Raposa e São Paulo crava: ‘Tricolor não perde’
Ex-atleta já levantou o trófeu da Copa Libertadores por ambas as equipes, mas aposta na classificação do clube paulista para as quartas de final
Elivélton aposta que o São Paulo vencerá o Cruzeiro no Mineirão por 2 a 1 (Reprodução)
Faltam 90 minutos para descobrirmos quem avançará às quartas de final da Copa Bridgestone Libertadores. Na partida de ida, o São Paulo dominou o duelo, mas conseguiu apenas uma vitória magra por 1 a 0 diante do Cruzeiro. Nesta quarta-feira (13), a Raposa recebe o Tricolor, no Mineirão, às 19h, e precisa vencer por dois gols de diferença para seguir vivo na competição internacional. O FOX Sports transmite a partida ao vivo.
Campeão da Libertadores por Cruzeiro e São Paulo, o ex-atacante Elivelton conversou com exclusividade com o FOXSports.com.br sobre o confronto decisivo entre os dois gigantes brasileiros. Para o ex-atleta, o Tricolor já está garantido nas quartas de final. “O São Paulo não perde no Mineirão. A Libertadores é a cara do Tricolor. A equipe está em um momento melhor do que o do Cruzeiro e costuma crescer em partidas decisivas. Acredito, inclusive, que o São Paulo vencerá por 2 a 1 em Minas Gerais.”, disse com veemência o ex-atacante.
Apesar de acreditar mais no São Paulo do que no Cruzeiro, Elivélton criticou o time paulista: “O São Paulo é um time muito lento. Tem a posse de bola, mas demora para ir ao ataque. Falta velocidade e um pouco mais de ação ofensiva. Na minha época, eu, o Macedo, e o Raí disparávamos ao ataque e matávamos o adversário em poucos toques. Falta isso ao São Paulo, ser mais letal”, disse.
Mesmo acreditando que o São Paulo tem tudo para garantir a vaga no Mineirão, Elivélton crê que o Mineirão pode ser uma peça-chave para o Cruzeiro no mata-mata. “É impressionante. A torcida fica muito próxima dos atletas com a reforma e isso pode ser um diferencial a favor da Raposa, que terá os torcedores em cima do São Paulo durante toda a partida”.
Vitorioso pelas duas equipes, Elivélton disse que não existe nenhum atacante nelas que possua um futebol que se assemelhe ao seu na época em que atuava. “Hoje em dia o físico conta muito, na minha época era mais na base do talento. Nós partíamos para cima da marcação, não tínhamos medo de zagueiro. Agora é muito toque curto, muito passe, futebol cheio de frescura. Não tem comparação com o dos anos 90 para trás”, criticou o ex-atacante.
Elivélton lembrou a conquista da Libertadores pelo Cruzeiro em 1997 e confessou que, curiosamente, não viu o próprio gol que deu o bicampeonato do torneio ao clube mineiro. “A bola sobrou para mim e eu chutei, mas tinha tanta gente na minha frente que eu não vi nada. Eu soube que foi gol porque a torcida começou a comemorar e o Mineirão até tremeu. Mas, infelizmente, não tenho a memória da bola entrando”, disse com bom humor o ex-atacante.
O avante levantou três taças da Libertadores, duas delas pelo São Paulo, em 1992 e 1993mas disse que a mais difícil delas foi a primeiro. Naquele ano, o Tricolor encarou o Newell’s Old Boys (ARG), na grande final. Após derrota na Argentina, o time paulista precisou reverter o resultado no Morumbi. O tento de Raí levou a disputa para os pênaltis. Apesar do estádio ir ao delírio, Elivélton não tem boas memórias do gol. “Na hora em que o Raí marcou o gol, eu inventei de ir até a rede e buscar a bola, mas levei uma surra dos argentinos. Sofri chutes, cotoveladas e socos. O árbitro viu, mas não fez nada. Prometi para mim mesmo que nunca mais entraria em um gol para buscar a bola”, falou o ex-atleta.
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