Marquinhos se contundiu em disputa com o lateral-esquerdo Pará e teve de deixar o treino de ontem mais cedo

Os jogadores do Cruzeiro têm se aplicado bastante nos treinamentos para mostrar a Marcelo Oliveira que podem ser titulares no momento em que a equipe se prepara para os duelos com o São Paulo pelas oitavas de final da Copa Libertadores e para a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians. A disputa deverá se acirrar ainda mais se a diretoria for feliz na busca por reforços.

Todos sabem da importância de fazer o melhor. Às vezes, o excesso de vontade causa problemas, como no lance, ontem à tarde, em que o atacante Marquinhos teve a mão direita pisada pelo lateral-esquerdo Pará e teve de deixar a atividade mais cedo, com suspeita de fratura no dedo médio, virando problema para o primeiro jogo do mata-mata da competição continental.

Houve também um pequeno desentendimento entre o lateral-direito Mayke e o volante Willians, imediatamente. “Sou um cara que fala muito e tenta ajudar as pessoas. Foi uma discussão técnica para a gente se acertar, para não ter erros. Quanto você fala para acertar, é uma crítica sadia, uma crítica boa. Mayke é meu amigo, gosto muito dele, é um garoto de muito futuro”, justificou-se o segundo.

Mas não só nos treinos os cruzeirenses procuram errar o mínimo possível. Nos jogos também é preciso ter muita concentração e aplicação, para não causar prejuízo ao time e, de quebra, não correr o risco de perder lugar no time. Quem sabe bem disso é Paulo André. O zagueiro recebeu cobranças por não ter rendido o esperado nos clássicos contra o Atlético pelas semifinais do Campeonato Mineiro e, depois de cumprir suspensão contra o Universitario de Sucre, pela Libertadores, luta para ser titular de novo. “A torcida tem razão de cobrar. No segundo gol do clássico, eu deveria ter encostado mais no Pratto. Claro que foi um erro coletivo de marcação, que começou lá na frente, mas tenho de assumir minha responsabilidade nesse lance também”, reconheceu.

Apesar de admitir a falha, Paulo André avalia como positiva suas atuações até aqui. “Cheguei há menos de 90 dias e fiz 12 jogos. Praticamente não tive tempo para pré-temporada. Fiz bons jogos, outros não tão bons. Futebol é isso. O segredo é se reerguer, se superar. Todos os que estão em grandes clubes são sobreviventes. A vontade de ser campeão é muito maior do que o medo de seguir em frente.”

Para ser mantido, o zagueiro tem o trunfo de conhecer bem o adversário. Ele atuou quatro anos na base do tricolor paulista. “Morei debaixo da arquibancada do Morumbi, conheço bem aquilo ali. Além disso, joguei muito contra eles”, disse o jogador, que defendeu também Guarani e Corinthians. Justamente por ter tanto conhecimento, ele espera dificuldades, mas se mostra otimista para o confronto. “O São Paulo é qualificado, vem crescendo, mas temos de pensar na nossa equipe. Quando nos impusemos em campo, jogando com velocidade, conseguimos fazer boas partidas. Então, vamos tentar repetir isso.”

ESPERANÇA EM TER DAMIÃO
No treino de defesa x ataque de ontem, a dupla de zaga foi Leo e Manoel. Mas chamou também a atenção Leandro Damião, no campo ao lado. O atacante, que contundiu a coxa direita, ainda faz fisioterapia e segue como incógnita para quarta-feira.