25/4/2015 08:34
Campeão por São Paulo e Cruzeiro, Elivélton fala de emoção e opina sobre oitavas da Libertadores
Ex-jogador marcou o gol do título em 1997 no Mineirão com 102.149 torcedores
Elivélton revelou que não viu a bola entrar no gol; ao ouvir a vibração do estádio, ele correu para celebrar
Conquistar uma Copa Libertadores é um sonho para a maioria dos jogadores sul-americanos. O ex-atacante Elivélton não só realizou este desejo, como conseguiu o feito por três vezes. Revelado pelo São Paulo, ele foi bicampeão no tricolor paulista, em 1992 e 1993. Já no Cruzeiro, teve a felicidade de marcar o gol do título em 1997.
Elivélton atualmente mora em Alfenas, onde tem uma academia, uma escolinha de futebol, além de gerir algumas quadras de futebol society. Em entrevista ao Superesportes, o ex-jogador relembrou episódios marcantes dos títulos pelo São Paulo e pelo Cruzeiro, e ainda analisou o duelo das oitavas de final deste ano, entre as duas equipes.
Questionado sobre qual clube receberia sua torcida, o ex-atleta ficou em cima do muro. ”Tenho grande carinho pelos dois clubes. O São Paulo foi quem me formou, mas também tenho um carinho muito especial pelo Cruzeiro, pois marquei o gol do título da Libertadores de 1997. Então ficarei com o coração dividido na torcida. Todos os dois clubes me trataram muito bem. Torço para que vença o melhor, o que mais merecer”, garantiu Elivélton.
Embora não tenha revelado sua torcida, o ex-jogador opinou sobre o duelo e disse que o Cruzeiro leva pequena vantagem no confronto deste ano. “Eu vejo o Cruzeiro um pouco melhor do que o São Paulo, mas será um jogo bem igual”, avaliou. “O São Paulo entra com moral por causa do clássico com o Corinthians, mas considero o time deles meio lento, muito devagar, por isso falo que será um jogo igual”.
Lembranças marcantes
Autor do gol do título do Cruzeiro em 1997, sobre o Sporting Cristal, Elivélton revelou que nem sequer viu a bola entrar no gol do goleiro Balerio, e já saiu em disparada para comemorar. “Quando ouvi o grito da torcida, foi muita adrenalina, nem vi a bola entrar, nem vi o gol. Só fui ver depois. Ouvi o barulho das arquibancadas e já saí correndo”, relembrou. “Foi uma emoção indescritível. Só quem passa por isso para saber como é”.
Pelo São Paulo, Elivélton elegeu seu momento inesquecível. Foi na final de 1992, contra o Newell’s Old Boys. “Perdemos o primeiro jogo na Argentina e tínhamos que fazer o resultado em casa. Naquela época, a Libertadores era mais pegada, hoje é mais tranquila. Quando o Raí marcou nosso gol, eu entrei correndo para pegar a bola e levar para o meio-campo. Levei tanta porrada dos argentinos que nunca mais entrei num gol para buscar uma bola”, contou Elivélton.
”Apanhei demais, e o juiz fez de conta que não viu nada. Depois, ganhamos nos pênaltis e a torcida invadiu o campo. Essa é uma imagem que nunca mais saiu da minha cabeça”, relatou o ex-jogador.
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