Não tem jeito. Bastou falar “São Paulo” para o volante Henrique viajar no tempo e voltar quase seis anos para relembrar um dos momentos mais marcantes da carreira do camisa oito do Cruzeiro. Um golaço que ajudou o clube a superar o rival em um importante mata-mata entre vários que os dois times já se enfrentaram ao longo da história.
A lembrança, em si, vem do dia 18 de junho de 2009. Quartas de final da Taça Libertadores, jogo de volta. O Cruzeiro havia vencido a primeira partida por 2 a 1 e precisava de um empate no segundo jogo do confronto, no Morumbi. Mas, o time celeste fez mais. Aos 21 minutos do segundo tempo, Henrique acertou um belo chute de fora da área, e a bola foi no ângulo de Dênis, então substituto de Rogério Ceni. A partida terminou 2 a 0 para a Raposa que, posteriormente, foi vice-campeã da competição.
De lá para cá, foram vários embates contra o Tricolor paulista, e Henrique sempre se lembrou do golaço no Morumbi antes dos confrontos.
- Não tem jeito. Sempre quando vou enfrentar o São Paulo, aquele gol vem na minha cabeça. Foi um chute de uma felicidade muito grande. Peguei muito bem. Espero que possa repetir na próxima vez.
Henrique garante que vem treinando para repetir a dose. E espera que seja justamente no Morumbi.
- Esperamos trabalhar esse período de 15 dias porque a gente arrisca bastante durante as partidas. Ter a oportunidade de sair perfeito no jogo como nos treinamentos.
Na temporada seguinte, o São Paulo deu o troco e eliminou o Cruzeiro após vitória no Mineirão, por 2 a 0, e Morumbi, por 2 a 1. Por conta disso, Henrique sabe que os duelos pelas oitavas de final da Libertadores serão equilibrados e sem favoritos.
- Sempre foram partidas marcantes pela disputa envolvendo as duas equipes. Uma a gente foi feliz, e a outra não. Em 2009, fomos felizes e chegamos até à final. Em 2010, não fomos felizes. Agora é uma nova história, e esperamos ser felizes novamente.
As partidas entre Cruzeiro e São Paulo estão marcadas para os dias 6 e 13 de maio. A primeira será no Morumbi, já que a equipe paulista foi a segunda colocada no Grupo 2, enquanto a equipe celeste terminou a fase de grupo como líder do Grupo 3. O Cruzeiro leva vantagem histórica nos confrontos eliminatórios contra o Tricolor.
Volante Henrique em ação pelo Cruzeiro na partida contra o Huracán, da Argentina (Foto: Anibal Greco/ Light Press)