Com a vantagem do empate, o time do Cruzeiro espera fazer valer o seu mando de campo
Divulgação/Cruzeiro E. C.

Quando se fala do clássico Cruzeiro e Atlético-MG, e quase impossível não ter alguma polêmica, seja dentro ou fora de campo. Os dois maiores rivais de Minas Gerais vão escrever mais um capitulo da história neste domingo, às 16h, no Mineirão, e após os 90 minutos apenas uma das equipes vão seguir na briga pelo título do Campeonato Mineiro.

No primeiro clássico, Cruzeiro e Atlético-MG ficaram no empate no Independência. Como fez melhor campanha na fase de classificação, a Raposa avança para a grande final do Mineiro se voltar a empatar no Mineirão. Ao Galo só resta vencer para recuperar a hegemonia no estado e ampliar para 11 o número de confrontos sem perder para os cruzeirenses.

O segundo jogo da semifinal do Estadual gerou impasse entre os dirigentes por causa da data da partida. O Cruzeiro, mandante do clássico queria jogar no sábado já que tem compromisso pela Libertadores na terça-feira, o Atlético-MG por sua vez queria o duelo no domingo. A Federação Mineira de Futebol confirmou o clássico para domingo, alegando que foi um pedido da TV, gerando revolta na diretoria celeste.

Após muita discussão nos bastidores, o confronto ganhou dia e horário, passando o problema para os treinadores, que tem que administrar o desgaste pelo excesso de jogos decisivos dos dois lados. Marcelo Oliveira chegou a dizer que é desumano ter que atuar domingo e terça-feira, situação que tem se repetido com a Raposa.

Já Levir Culpi também convive com dificuldades já que o Galo atuou na última quinta-feira contra o Atlas, no México, demorando cerca de 12 horas para retornar ao Brasil. O cansaço dos dois times se reflete no número de jogadores machucados, que aumenta a casa partida.

O Cruzeiro aguarda a recuperação de Marquinhos que faz tratamento de lesão muscular e precisou poupar o meia-atacante Alisson no meio de semana para ter o atleta no clássico, situação que tem se tornado comum no futebol mineiro. Alisson afirma que está bem para encarar o arquirrival e confia na vitória, com o apoio da torcida no Gigante da Pampulha.

“Nosso time vai muito forte para esse jogo, principalmente ao lado da nossa torcida. Jogando no Mineirão nossa equipe se motiva ainda mais e, com o apoio dos torcedores durante os 90 minutos, tenho a certeza de que faremos uma boa partida e conseguiremos dar essa classificação para eles”, declarou.

Pelo lado do Atlético-MG, o problema maior relacionado com o desgaste, envolve o lateral-direito Marcos Rocha, que sente dores no tornozelo e já ficou de fora no meio de semana no jogo pela Libertadores. Como se não bastasse este problema, Levir Culpi ainda perdeu o zagueiro Leonardo Silva, expulso no jogo de ida da semifinal no Horto.

O treinador atleticano, porém, prefere não lamentar as
ausências e foca nos atletas que estão em condição de jogo.

“Nós ficamos numa linha seguida de quatro jogos com força máxima. Santa Fé, Atlas e dois com o Cruzeiro. Muito desgaste físico, mas faz parte. Não tenho receio, pelo contrário. Quero jogar porque precisamos vencer. Estou muito otimista, porque sei que o time tem capacidade para reverter esta situação”, afirmou.

Em meio à polêmica da data do clássico, o elenco do Galo terá que reverter o empate no Mineirão, sua segunda casa
Divulgação/Atlético Mineiro

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO X ATLÉTICO-MG

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 19 de abril de 2015, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes:Kléber Lúcio Gil (SC) e Bruno Boschilia (SC)

CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Léo, Paulo André e Mena (Fabrício); Willians, Henrique, Willian e De Arrascaeta; Alisson e Leandro Damião
Técnico: Marcelo Oliveira

ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Luan e Dátolo; Carlos e Lucas Pratto
Técnico: Levir Culpi