Foto: Gualter Naves/LightPress
O futebol é muito mais do que uma simples relação do homem com um objeto esférico repleto de ar. Entre o atleta e a bola existem inúmeras variáveis e que influenciam diretamente na harmonia do relacionamento dessas duas partes. Um desses fatores é a medicina, aspecto que o Cruzeiro tem utilizado, juntamente às inovações científicas, para dar excelente condições de jogo aos seus atletas.
Na última semana, quando o Maior de Minas superou o Mineros por 3 a 0, pela Copa Libertadores, no Mineirão, o Departamento Médico utilizou, pela terceira vez, um método pioneiro entre os clubes brasileiros. Na ocasião, Leandro Damião foi atingido pelo cotovelo de Luis Valenilla, ao final do primeiro tempo. O lance resultou em uma ferida no supercílio esquerdo do atacante.
De imediato, os médicos do tetracampeão brasileiro atenderam o goleador e aplicaram a chamada “cola biológica” no ferimento. Esse produto, que já havia sido utilizado com o zagueiro Léo e com Marcelo Moreno, em 2014, tem proporcionado mais rapidez e facilidade para a cicatrização de pequenos cortes, como explica o Dr. Sérgio Freire Júnior.
“É uma cola biológica, como é usualmente chamada no nosso meio, através da qual feridas podem ser aproximadas e mantidas, evitando o sangramento de uma forma rápida e eficaz. Com isso, não há a necessidade, na maioria das vezes, de realizar-se o ponto de suturas. Esse fator faz com que o atleta possa retornar para a partida, mesmo após ter sofrido o ferimento. Essa é a grande vantagem desse produto”, avaliou.
O médico do Clube azul ainda conta que a utilização desse método era um sonho antigo dos profissionais da Raposa. “Nós já queríamos utilizar esse procedimento há um bom tempo. Em um determinado período, até fizemos uma parceria com uma universidade daqui de Belo Horizonte, com o objetivo de elaborarmos a nossa própria cola, mas, infelizmente,o processo não caminhou. No ano passado participamos do Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte e lá nos foi oferecido esse produto por uma empresa. Desde então estamos utilizando-o com os nossos atletas e tem dado muito certo”, completou.
Dr. Sérgio Freire Júnior - Cruzeiro/Divulgação