Treinador colocou o time para frente no segundo tempo, mas já era tarde demais (Foto: Aldo Carneiro/LANCE!Press)

Pior que a derrota para o Huracan, por 3 a 1, na noite da última terça-feira, o desempenho muito aquém do esperado do Cruzeiro foi o que mais surpreendeu os torcedores. Parte desse rendimento pode ser explicado pela escalação da equipe no 4-3-3. Sem Alisson, vetado por conta de dores musculares, Marcelo Oliveira preferiu abrir mão do já usado 4-2-3-1 e escalou três volantes em campo. Com isso, principalmente na etapa inicial, a equipe sofreu com dois dois e mostrou-se perdida em campo.

- É porque jogávamos fora de casa. Três volantes não significa que está atrás. Tínhamos que dar liberdade para sair, não vejo isso influenciando diretamente no resultado. Sei que muitos vão falar isso também. Quando se perde, sempre se existe uma ideia de que colocamos o cara errado. Eu faço as coisas da minha convicção de que pode ser melhor. Saímos com o Mayke para atacar mais e outro volante para controlar o jogo no início. Talvez se o Willians jogasse como primeiro volante, teríamos mais dificuldades. Jogamos os 45 minutos do segundo tempo com o Gabriel, melhorou, mas não foi o suficiente - comentou o treinador.

Se antes o Cruzeiro tinha a melhor zaga da Libertadores, com nenhum gol sofrido, o time conseguiu voltar a ser vazado por três vezes em uma partida após sete anos. Desde 2008, o clube não levava três gols ou mais em um mesmo jogo pela Libertadores.
Questionado sobre o desempenho ruim de seus comandantes, Marcelo Oliveira citou o forte desgaste no qual foram submetidos, já que atuaram no clássico do último domingo, pelo Campeonato Mineiro, mas não deixou de citar as bobeiras em campo que permitiram os três gols argentinos.

- O cansaço era certo que seria um fator contribuinte, tanto é que tivemos que tirar um dos principais jogadores do nosso time, que é o Alisson. Um jogador envolvente, que volta para marcar. Esse jogador teve que sair por recomendação médica, do preparador físico - disse.

- O primeiro gol saiu de um erro em um drible numa área perigosa. Colaborou muito com o rumo do jogo ali no início. A gente estava reagindo, chegando mais, eles estavam recuados para o contra-ataque. Quando marcamos o gol, ficou mais difícil naquele momento - finalizou.