Os sete atletas do Universitario que enfrentaram o Bolívar (Foto: Reprodução/Instagram)
O Universitario de Sucre, rival do Cruzeiro no grupo 3 da Taça Libertadores, escolheu uma forma polêmica para protestar contra o calendário apertado. Ao visitar o líder Bolívar pelo Campeonato Boliviano, no último sábado, o clube decidiu mandar a campo uma equipe com apenas sete atletas - número mínimo exigido na regra -, todos do elenco dos juniores. O duelo durou apenas 13 minutos, uma vez que um dos jogadores se lesionou e forçou a interrupção.
A manifestação se deu depois que o clube enviou uma carta à federação pedindo adiamento da partida e não obteve resposta. A solicitação foi feita uma vez que o Universitario enfrentará o Mineros na próxima terça-feira, podendo até mesmo assegurar matematicamente a classificação para as oitavas de final da Libertadores, com uma rodada de antecedência.
Os sete atletas foram a campo e surpreenderam a torcida local e o próprio Bolívar, que levou o duelo a sério e abriu o placar no primeiro minuto. Em seguida, perdeu uma chance clara, antes de ampliar, aos sete. Três minutos depois, Enzo Cama caiu no gramado pedindo atendimento. Os médicos foram a campo e afirmaram que ele não tinha condições de seguir no jogo, forçando o árbitro Joaquín Antequera a interromper a partida por falta do mínimo de jogadores.
Revoltado com o ato, o empresário Marcelo Claure, dono do Bolívar, prometeu devolver o dinheiro dos ingressos pagos pelos 10 mil torcedores presentes ao jogo, anunciando a medida pelos alto-falantes. Entretanto, a medida do Universitario acabou sendo uma resposta a um ato parecido por parte do Bolívar contra o time de Sucre, em 2012. Nas mesmas circunstâncias, o time de La Paz também mandou sete jogadores a campo - um deles se lesionou, e o jogo foi interrompido.
Enzo Cama deixa o gramado, dando fim à partida (Foto: Reprodução/Instagram)