Serginho: integrante fundamental para a "banda" do Cruzeiro tocar em harmonia (Foto: Alexandre arruda / Divulgação CBV)
Há cinco temporadas, o Cruzeiro vem jogando por música. Virou uma "banda harmoniosa" como o líbero Serginho costuma se referir ao time, que conquistou de Estadual a Mundial durante este período. Neste domingo, ele e seus companheiros terão a chance de aumentar a galeria, indo em busca do tricampeonato da Superliga. Do outro lado da quadra terão um Sesi-SP disposto a fazê-los desafinar. O show está marcado para as 10h, no Mineirinho, com transmissão da TV Globo e do SporTV. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos.
O palco será o mesmo das outras duas decisões entre as equipes. Na primeira, em 2010/2011, melhor para a representante paulista. No ano passado, os comandados de Marcelo Mendez deram o troco. O novo encontro é considerado o mais equilibrado deles. Os donos da casa tiveram a melhor campanha da fase de classificação, com apenas três derrotas (duas delas para os rivais) em 22 jogos. Os visitantes sofreram sete reveses, terminando em terceiro.
- Somos uma banda que não tem desafinado. Jogamos no limite, não fizemos substituições que comprometessem a harmonia. É muito difícil ter uma equipe tão coesa durante tanto tempo. A gente vê ícones do esporte, tenistas, jogadores de basquete e mesmo seleções que não ganham seguidamente. E isso me orgulha.
A gente não largou o osso. Não posso medir a nossa história por vitórias e derrotas. Acho que a gente nunca desafinou porque nunca desistiu. Sempre nos entregamos com força máxima. A última palavra do Marcelo Mendez dentro do vestiário costuma ser: "Deixem tudo dentro da quadra". Então, vamos tentar lançar uma música nova no domingo. Estamos nos preparando - brincou Serginho.
Na liderança do fundamento de defesa, ele sabe que deverá ter muito trabalho no confronto. O Sesi-SP diz que o saque será uma de suas principais armas. Serginho também tem as suas e já começa a fazer uso de uma delas para entrar no clima. Tem escutado "We are the Champions", do Queen.
- Sou fã de rock e essa música me lembra finais, me lembra aquela chuva de papel picado. Gosto de ouvi-la. Na minha "banda" eu toco lá no fundo, na bateria (risos). Eu queria ser um Beatle, o Paul, mas na minha carreira nunca tive esse protagonismo porque jogo ali na defesa. Ouvia muito eles por causa do meu pai e fui ver o show do Cirque du Soleil deles.
Então, na minha "banda", o William é o cantor, e eu ajudo um pouco no backing vocal - diverte-se.
Lucão: arma do Sesi-SP no meio de rede (Foto: Alexandre arruda / Divulgação CBV)
Na banda do Sesi-SP, Lucão costuma dizer que seria o baixista. Como central, é responsável pela sustentação, enquanto que ponteiros e opostos fazem os solos de guitarra. Ele lembra que, por um longo período nesta temporada, a música tocada por eles não saiu bonita.
- A harmonia do grupo no início da Superliga estava muito dependente de peças individuais, tocando separado. Nos playoffs, a equipe inteira está jogando bem. Temos uma equipe experiente, tirando o Lucarelli que é o mais moleque, mas já rodado. Vamos ter que ter paciência para chegar impondo respeito no saque e na defesa - afirmou o segundo melhor sacador da competição.
Leitor assíduo de biografias de astros do rock, Lucão tira diversão e inspiração daquelas páginas. Gosta da postura firme de palco dos ídolos e procura manter-se assim quando está dentro das quatro linhas. Ele compara o Sesi-SP com o Van Halen.
- A gente é meio assim, um grupo experiente, que vem há anos conseguindo tocar, levando sua música, não sendo um estouro, mas quando lança um CD é uma coisa espetacular. Tem balada, toque pesado. E vamos ter quer ter esse leque de golpes para jogar contra o Cruzeiro. Eles jogam juntos há muito tempo e isso na hora faz diferença. É uma equipe que toca um heavy metal pesado (risos). Por isso, será preciso ter paciência para jogar no momento de fraqueza deles.