Marcelo Oliveira elogiou atuação da Tombense e se colocou como um dos responsáveis por postura do Cruzeiro em campo

A derrota para a Tombense por 2 a 1, no Mineirão, mudou todo o cenário do Cruzeiro no Campeonato Mineiro. Antes da partida, o time seguia como líder da competição e teria como rival a própria equipe de Tombos ou mesmo o América-MG. Mas com o resultado deste domingo, somado à derrota do Atlético-MG para o Boa e a vitória da Caldense diante do Villa Nova, a Raposa terminou a fase de grupos em segundo lugar e terá o Galo como adversário na semifinal.

A mudança pegou o técnico Marcelo Oliveira de surpresa. Neste domingo, a equipe abriu o placar no Mineirão com Leandro Damião, mas levou a virada no segundo tempo do jogo. A reação celeste na partida foi criticada pelo treinador.

“Precisamos mudar nossa postura, não encontramos nossa equipe ideal ainda. Dois meias jogaram no segundo tempo para organizar melhor a jogada. Infelizmente não foi aquilo que nos esperávamos. Temos jogos decisivos pela frente e precisamos de uma equipe combativa e organizada”, afirmou.

Marcelo classificou os gols levados pelo Cruzeiro como “gols de desanteção”. O treinador também elogiou a atuação de Alisson, que retornou à equipe após ter servido a Seleção Brasileia sub-23. “Sobrecarregamos muitos o Alisson, mas ele estava muito sozinho. O que eu reclamava aqui - e eu faço parte disso – é que além da gente não jogar bem e não envolver o adversário, nós deixamos eles chegarem, foram dois gols de desatenção. Era hora de alguém organizar melhor ali”, observou.

Mesmo apontando a necessidade de mudança de conduta no Cruzeiro, o comandante celeste elogiou a campanha feita pela Tombense na fase de grupos. “A Tombense teve mérito porque marcou muito bem e ainda conseguiu sair no contra ataque. O Cruzeiro não teve a competência e a qualidade para entrar na defesa da Tombense”, disse.

Com De Arrascaeta pouco visível em campo – e substituído por Marcos Vinícius no segundo tempo – o técnico foi questionado sobre a necessidade de se contratar um novo camisa 10 para o Cruzeiro. Marcelo comentou que, embora a situação seja discutida dentro do clube, a Raposa precisa encontrar a solução entre os próprios atletas disponíveis.

“Depois de uma derrota eu acho melhor não tocar nisso. Existe todo o esforço nesse sentido e temos discutido isso internamente. O mercado também é muito difícil, quem joga bem nessa posição está empregado e os times não liberam. Precisamos buscar isso dentro do próprio elenco”.

Por fim, o treinador afirmou que a derrota deixou duas lições diferentes para o grupo. “Se a gente tiver no futebol de hoje algo muito passivo, sem marcação forte, sem tirar espaço do adversário, não teremos a bola para fazer o próprio jogo. A outra é que dentro de casa a gente precisa se impor muito mais do que a gente tem feito até então”, concluiu.