Atleta avalia que estratégia prejudicou imagem

Em meio ao processo que move contra o Santos por conta de atrasos salariais, o atacante Leandro Damião decidiu trocar sua equipe de advogados. O jogador ficou insatisfeito com a estratégia traçada pelos profissionais, que não conseguiram uma liminar para rescindir o contrato do jogador, hoje no Cruzeiro, com o clube paulista.

Os responsáveis pela carreira do atacante avaliaram que a ação gerou uma repercussão muito negativa para o atleta, especialmente o instrumento que Damião, que recebe R$ 650 mil por mês, utilizou para pedir gratuidade de justiça – uma declaração de pobreza que tentava sensibilizar o juiz que tomaria a decisão.

A análise do estafe do jogador é de que a ferramenta jurídica gerou danos à imagem do atacante e que a discussão criada em torno dela foi decisiva para a negativa da Justiça, que não só rejeitou o pedido de liminar como multou o atleta e o condenou a indenizar o Santos em 20% do valor da causa – cerca de R$ 100 mil – por considerar que houve má fé na estratégia.

Há uma audiência marcada para o dia 30 de março, mas a diretoria alvinegra conta com a possibilidade de um acordo para encerrar a ação. Com Damião, entretanto, as conversas serão diferentes das que culminaram na liberação de Aranha e Arouca, acertados com o Palmeiras.

O clube não pretende se desfazer do jogador, já que ainda vislumbra recuperar ao menos parte dos investimentos feitos para contratá-lo – em 2014, o fundo Doyen Sports financiou os cerca de R$ 42 milhões necessários para tirá-lo do Internacional, valor que o Santos deve quitar em mais quatro anos.

Leandro Damião foi emprestado ao Cruzeiro no fim da temporada passada. Os mineiros pagam cerca de 75% dos vencimentos do jogador – o restante ainda está na folha de pagamento santista.

Declaração de pobreza assinado por Leandro Damião em ação contra o Santos (Foto: Reprodução)