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1/10/2014 08:38

Na volta após punição, diretor crê na renovação de Marcelo com o Cruzeiro

Livre da suspensão de 120 dias imposta pelo STJD, Marcelo Mattos avalia tempo que ficou "fora de combate" e analisa o futuro do clube: permanência e saída de jogadores

Na volta após punição, diretor crê na renovação de Marcelo com o Cruzeiro
Alexandre Mattos garante ter evoluido após a punição imposta pelo STJD (Foto: Tayrane Corrêa)

Alexandre Mattos está de volta. Após cumprir a suspensão de 120 dias imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pelos incidentes com a bandeirinha Fernanda Uliana Colombo, no clássico com o Atlético-MG, no primeiro turno do Brasileirão deste ano, o diretor de futebol do Cruzeiro retomou ao cargo. Nesta quarta-feira, enfim, poderá retornar ao estádio e ver, de perto, a partida entre o time comandado pelo técnico Marcelo Oliveira e o ABC, primeiro duelo pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Neste período, Alexandre Mattos não deu entrevistas, não foi ao vestiário do Cruzeiro e/ou ao gramado nos dias de jogos e nem assinou nenhum documento como diretor de futebol do clube. O trabalho de Mattos de observar e estudar o futebol e atletas de outros times, no entanto, permaneceu sendo feito.

O dirigente cruzeirense afirmou que evoluiu e aprendeu com os próprios erros durante o tempo em que esteve suspenso e acredita que está mais maduro. Nesta conversa com o GloboEsporte.com, Alexandre Mattos também falou sobre um possível interesse do Flamengo em seu trabalho, saída de jogadores e permanência de Marcelo Oliveira no comando do Cruzeiro, pedido de desculpas à Fernanda Colombo e a excelente relação que tem com a torcida azul.

Aprendizado com a punição

- Evolução... o ser humano precisa sempre estar evoluindo. A gente evolui, muitas vezes, em situações que não desejamos. Talvez toda a maturidade acontece quando surge alguma coisa fora do ritmo normal. A gente vai sempre aprendendo e lidando com situações novas. Isto é que faz o crescimento humano.

Polêmica com a bandeirinha

- Na época, eu me desculpei com ela, que é única pessoa que eu tinha que dizer alguma coisa. Falei com o pai dela também e expliquei toda a situação: a pergunta que fizeram e porque dei aquela resposta. Meu erro foi este. Quem me conhece sabe que não tenho nenhum tipo de preconceito. Foi um momento de cabeça quente.

Diretor afirma que está muito feliz no Cruzeiro: realização de um sonho (Foto: Tayrane Corrêa)

Interesse do Flamengo

- Na verdade eu não tenho contrato. Eu tenho um compromisso comigo, com o presidente e com toda a torcida do Cruzeiro. Mas tenho que dizer algumas coisas. Primeiro que lá no Flamengo tem um profissional muito bom e que eu gosto muito que é o Ximenes. Em segundo lugar, não há contato nenhum com o Flamengo. Já houve, mas no momento não. Estou absolutamente feliz e focado em ganhar títulos. Não tem nada disso de sair do Cruzeiro. É tudo conversa. O sucesso faz bem para todos. Não só pra mim, mas para todo mundo aqui dentro. Há propostas para todos, mas pra mim não chegou nada aqui. O Flamengo é um grande clube, mas não tem nada. O que me garantia no América-MG e me garante aqui no Cruzeiro é o meu trabalho. Contrato nenhum segura ninguém, ainda mais no futebol. A coisa mais natural que tem é um treinador ter contrato com uma equipe, e um resultado ruim custar a cabeça de todo mundo. O que garante a minha estada é a minha felicidade, meu modo de trabalhar, meu envolvimento. Eu vejo que estou conseguindo produzir e satisfazer a todos.

Felicidade no Cruzeiro

- O Cruzeiro era um desejo, um sonho, por tudo que representa. Pela administração, pela maneira com o Cruzeiro vem se portando durante os últimos anos. Enquanto alguns clubes estão construindo centros de treinamento agora, o Cruzeiro já tem a Toca da Raposa I há mais de 40 anos. Todo mundo quer trabalhar no Cruzeiro.

Relação com a torcida

- Meu relacionamento com a torcida do Cruzeiro é muito legal. Esta situação pesa muito na balança. Minha maior felicidade no Cruzeiro não foi com os títulos, mas com a alegria que a torcida teve quando nós chegamos da Bahia e fomos comemorar a conquista do Brasileirão. Isto vale tudo, foi inesquecível aquele momento. A torcida percebeu que, além do lado profissional, faço meu trabalho com amor e intensidade. Até quando erro é com amor e intensidade. Não faço nada mecânico, só para receber meu salário. Faço tudo com amor, até por isso eu estava suspenso, até por isso eu dei declarações como "vamos atropelar", essas coisas. Foi meu lado racional que me fez chegar ao Cruzeiro. Mas o torcedor percebeu que eu faço tudo com amor. O dia que fui apresentado aqui eu falei que Deus havia me abençoado porque eu faria este trabalho de graça. E ainda recebo por isto! Isto é um lado que me fortalece muito, mas me dá mais responsabilidade. Como o torcedor confia muito em mim, tenho responsabilidade dobrada.

Dirigente não vê nada que atrapalhe o clube após a nova resolução da Fifa (Foto: Tayrane Corrêa)

Marcelo Oliveira

- O Marcelo está feliz no Cruzeiro, e o Cruzeiro está feliz com ele aqui. A continuidade do Marcelo é um caminho natural. Isto não foi conversado ainda porque estamos perto de jogos importantes e decisivos. Não tem nenhum indício deste caminho natural. Quando as pessoas estão felizes, a tendência é que permaneçam juntas.

Permanência e saída de jogadores

- O Cruzeiro conseguiu algumas vitórias nestes últimos dois anos. Os jogadores vieram para cá com um objetivo e um projeto previamente definido. Tudo que foi arquitetado aconteceu. Acho que, se houver alguma saída, vai ser boa para ambas as partes. A decisão final é do Cruzeiro. Nenhuma pressão de agente, empresário ou procurador vai interferir nas decisões que o Cruzeiro toma. O grande herói de tudo isto é o presidente que conseguiu montar o time e, mais do que isto, manter para a outra temporada.

Nova resolução da Fifa

- A gente tem que esperar para ver o que a Fifa efetivamente quer. Eu não enxergo nada que possa atrapalhar o Cruzeiro nesta resolução. O dia que qualquer jogador sair será porque o Cruzeiro permitiu. É claro que nós temos nossos parceiros, mas quando fazemos alguma venda, a venda é do clube. É o Cruzeiro que negocia e define tudo. Eu acho que a Fifa está mais voltada para aqueles clubes que são hospedeiros e pertencem a empresários. Eles estão aí só para burlar impostos e regras.

1785 visitas - Fonte: Globo Esporte




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