26/9/2014 09:16
Bola na mão: jogadores e técnicos ficam no meio do 'tiroteio' do apito
Interpretações diferentes dos árbitros deixam protagonistas do jogo perdidos
Sandro Meira Ricci é um dos árbitros que estiveram no curso (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
Enquanto a CBF diz que a Fifa introduziu na arbitragem brasileira um novo conceito para interpretação da jogada de bola na mão e a Fifa diz que não é para marcar com tanto rigor esse tipo de lance, jogadores, técnicos e torcedores ficam no meio de um fogo cruzado, sem entenderem bem os critérios que estão sendo usados.
- A arbitragem está extremamente confusa. O árbitro não apita o que ele realmente vê, ele tem diversas informações para tomar uma decisão. É complicado, porque o cara viu que pegou na mão, e isso é indiscutível. Mas até que ponto o jogador criou uma superfície maior de contato? Ou tentou impedir a trajetória da bola? Daqui a pouco vão levantar a bola dentro da área e chutar na mão do cara propositadamente – profetiza o técnico do Santos, Enderson Moreira.
A dor de cabeça maior está sendo para os jogadores do sistema defensivo, que podem gerar pênaltis mesmo com toques involuntários. O exemplo da rodada do meio de semana foi o penalidade muito mal dada por André Luiz de Freitas Castro no jogo entre São Paulo e Flamengo. O toque de mão de Samir, por si só, já geraria questionamento. Além disso, ele ocorreu fora da área. Mas o árbitro deu pênalti, completando a trapalhada.
– É difícil ver a interpretação dos árbitros em lances em que se toca a mão na bola. Às vezes você dá um carrinho e sabe que tem que ter um controle e um cuidado para não se prejudicar. Quem tá lá dentro sabe que é muito difícil – comentou o zagueiro Bolívar, do Botafogo.
Para os atacantes, a interpretação também é dúbia.
– A regra não é muito clara. Sempre um vai ser beneficiado, e outro, muito prejudicado – afirmou Rafael Sobis, do Fluminense.
Enquanto a turma do apito não entras em consenso, dá para esperar mais polêmica no Brasileirão.
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