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25/9/2014 19:36

PM revela: alguns atleticanos entraram no Mineirão sem revista e ingresso

Vistoria em torcedores é de responsabilidade da Minas Arena. Documento detalha a ação dos policiais, que admitem terem lançado bombas de efeito moral e sonoro

PM revela: alguns atleticanos entraram no Mineirão sem revista e ingresso
Policiais Militares precisaram intervir durante a confusão nas cadeiras (Foto: Rafael Araújo)

Relatório da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) enviado ao Ministério Público, que analisa os fatos ocorridos no clássico de domingo, revela que alguns torcedores da torcida organizada do Atlético-MG Galoucura entraram no Minerão sem ingressos e sem serem revistados pela segurança contratada pela Minas Arena, concessionária que administra o estádio. O GloboEsporte.com teve acesso ao documento que relata toda a ação policial - antes, durante e após o jogo, das 11h até o fim dos trabalhos.

Inclusive, cita três bombas que teriam sido arremessadas por policiais.

De acordo com o relato, faltando cerca de 15 minutos para o jogo, os integrantes da Galoucura "tentaram invadir as catracas da esplanada norte do estádio de maneira brusca, violenta, planejada e recorrente em situação vulgarmente conhecida como 'cavalo doido', e grande parte desses torcedores não portava ingressos para acesso". "Cavalo doido" é um movimento assim denominado pela polícia durante o qual os integrantes se juntam e iniciam tumulto na tentativa de avançar.

Documento com ação da polícia foi entregue ao MP (Foto: Reprodução / Relatório PMMG)

No relatório, a Polícia Militar cita que "cerca 400 torcedores" foram impedidos, mas alguns conseguiram entrar sem entregar ingressos ou passar pela revista. De acordo com o coronel Ricardo Machado, comandante do Batalhão de Eventos da PMMG, foi neste momento que soltaram um grito de guerra e iniciaram o que chamam de “cavalo doido”.

São relatadas, também, as confusões causadas pelas torcidas Galoucura e Pavilhão Independente dentro do estádio. As ações ficaram concentradas principalmente na divisa entre atleticanos e cruzeirenses, e de acordo com o relatório tanto cruzeirenses como atleticanos atiram objetos, como cadeiras, uns contra os outros. O fato aconteceu logo após o segundo gol alvinegro e, para conter os ânimos, a Polícia Militar usou bombas de efeitos moral e sonoro:

"Diante do grande risco à integridade física de toda a massa de torcedores presentes no estádio, foi necessário o remanejamento de todo o efetivo policial disponível para o setor em questão.

Além disso, foram utilizadas três granadas por parte do efetivo policial: duas granadas de efeito moral (GK-304) e uma granada luz e som (GL-307)".

Parte do relatório da PM, que admite o uso de bombas (Foto: Reprodução / Relatório PMMG)

Ainda junto com o relatório foram enviados vídeos para análise do MP sobre o lançamento de artefatos explosivos de uma torcida contra a outra. As imagens serão analisadas para avaliar se como foram relatado na súmula do árbitro Marcelo de Lima Henrique, ambas as torcidas teriam disparado este tipo de artefato umas contra as outras.

Minas Arena admite

De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da Minas Arena, "devido à ação feita por alguns torcedores denominada pela Policia Militar como ‘cavalo doido’, ocorrida minutos antes da partida, pode ter ocorrido que alguns torcedores tenham conseguido burlar o bloqueio da PM, a revista, e entrado no estádio".

4002 visitas - Fonte: Globo Esporte




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