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19/9/2014 07:44

Com clima amistoso, Ceará empata com Cruzeiro na Copa do BR Sub-20

Bom humor na torcida, goleiros-destaque e jogo movimentado marcam empate por 1 a 1 entre Vovô e Raposa pelo jogo de ida da competição juvenil

Com clima amistoso, Ceará empata com Cruzeiro na Copa do BR Sub-20
Ceará e Cruzeiro empatam pela Copa do Brasil Sub-20, na Região Metropolitana de Fortaleza (Foto: Christian Alekson/cearasc.com)

A competição era a Copa Do Brasil Sub-20, jogo de ida da primeira fase entre Ceará e Cruzeiro. No novíssimo estádio Franzé Morais, no CT Luís Campos, em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, as duas equipes fizeram um jogo disputado e bem movimentado, fora do comum nos jogos de base em que a qualidade técnica e tática ficam em segundo plano. O resultado de 1 a 1 acabou compensando o esforço das duas equipes durante a partida.

Robinho abriu o placar para o Vovô no início do segundo tempo. Nos minutos finais da partida, Murilo acertou uma pintura de falta decretando o empate. O jogo de volta está marcado para a próxima terça-feira (23), às 19 horas, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG. O Cruzeiro tem a vantagem do empate sem gols, por ter marcado um gol fora. O Ceará se classifica em caso de vitória ou empate com dois ou mais gols.

O público presente se misturava entre garotos da base do Ceará de outras categorias que treinaram mais cedo no CT, torcedores e membros da comissão técnica das duas equipes. Tudo muito próximo do campo, então era fácil ouvir o que vinha do campo e das arquibancadas. Assistir ao jogo não era o único atrativo no CT Luís Campos. Os poucos torcedores que estavam presentes, todos do Ceará, apoiavam a garotada que entrou em campo, protestavam contra arbitragem, e claro, provocavam os jogadores da Raposa, sem violência.

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GEORGEMY: EXEMPLO DE SUPERAÇÃO


A categoria sub-20 representa um divisor de águas na carreira do jogador de futebol. Georgemy era o destaque à parte na meta Celeste. O garoto de 19 anos, titular na Seleção Brasileira Sub-21 do treinador Alexandre Gallo e recém-convocado para Seleção Olímpica, fez ótima partida, justificando sua condição de protagonista da equipe. Mas o garoto passou alguns dramas nos últimos dois anos, uma taquicardia quase interrompeu sua carreira.

A jovem promessa de 19 anos faz parte da seleção olímpica convocada por Alexandre Gallo (Foto: Christian Alekson/cearasc.com)

- Em 2012, eu tive problemas cardíacos e tive que fazer cirurgia, o problema voltou em 2013 e acabei fazendo uma nova cirurgia. Passei uma grande dificuldade, pensei que não jogaria , mas uso essa situação como motivação para continuar crescendo – declarou o jovem goleiro.

Dizem no futebol que o goleiro normalmente é o atacante que não vingou na carreira. Esse pensamento cai bem ao goleiro da Raposa, mas, no caso dele, era como jogador de meio-campo. Sempre com o apoio do pai, Georgemy iniciou a carreira jogando na meia, mas acabou percebendo que seu destino era na posição mais cruel do futebol, a de goleiro.

- Meu pai sempre me incentivou muito e queria que eu jogasse na linha. Quando a bola vinha na minha direção, eu sempre pegava com a mão. Era um destino ser goleiro, então acredito que sou predestinado a jogar na posição, que realmente não é fácil – revela Georgemy.

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INCENTIVO FRATERNO


O incentivo fraterno parece ser regra para o jovem que busca seguir a profissão de jogador. Na meta alvinegra, o goleiro Gustavo, de 20 anos, traz de berço a parceria com o pai. No Ceará desde os 13 anos de idade, a promessa acumula conquistas, alguns dramas e uma quase ida ao Fluminense. Tudo isso, sempre dividido em alegrias e tristezas com seu maior cobrador, o pai.

- Ele ajuda em tudo, só em estar aqui na arquibancada me assistindo, perceber que o pai está ajudando, auxiliando, estando em todos os treinos e jogos. Isso é muito gratificante e só me traz boas recordações – conta.

Gustavo fez um caminho semelhante ao de outros jogadores do futebol brasileiro. Começou no futsal ainda no colégio e, aos 13 anos, foi convidado para jogar no Ceará. Está no clube há sete anos. Quando atuava pelo sub-17, o goleiro alvinegro viveu o grande drama da sua carreira ao romper os ligamentos do joelho, passando seis meses fora dos gramados.

Gleydson é o maior incentivador na carreira do filho (Foto: Tom Alexandrino)

Na época, com 16 anos, o garoto estava cotado para jogar no Fluminense, além da pré-convocação para Seleção Brasileira Sub-17. O pior momento para se lesionar. Quando se recuperou, Gustavo chegou a ir para o tricolor carioca, mas um acordo entre Ceará e Fluminense não acertado fez com que o goleiro voltasse para o clube alvinegro.

- Foram seis meses de luta e muita dedicação, conseguiu se recuperar bem, foi jogar no Fluminense, mas um problema de acerto entre eles (Flu) e o Ceará acabou não colocando à frente a negociação – revela Gleydson Silveira, pai do goleiro.

Apesar de ter apenas 20 anos, o goleiro alvinegro buscou outras formas de incentivo dentro do esporte, além do pai. Atualmente o goleiro é casado, e, quando perguntado pelo GloboEsporte.com o motivo de casar tão cedo, ele foi bem direto.

- O amor, né? Um amor maior, o futebol acaba ficando à parte - brincou.

1248 visitas - Fonte: Globo Esporte




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