O América-MG tende a mandar o clássico contra o Cruzeiro, pela 6ª rodada do Campeonato Mineiro, no Mineirão. O principal motivo é a possibilidade de ganhos elevados com bares e bilheteria. O duelo está marcado para 5 de fevereiro (quarta-feira), às 21h30. A ideia começou a ser discutida internamente nos últimos dias. O intuito do clube é que apenas um setor das arquibancadas seja destinado aos americanos (cerca de 10 mil ingressos), liberando os demais para cruzeirenses – como ocorre em clássicos com mando do Cruzeiro no estádio. O Mineirão ainda não trata a situação como definida. Oficialmente, o América também não, mas internamente consideram a mudança como praticamente sacramentada. Apesar de o Cruzeiro ter indicado o Mineirão como casa para a disputa do Estadual, o regulamento da competição prevê que os clássicos podem ser disputados em quaisquer estádios de Minas Gerais sem que seja considerado inversão de mando. No Independência também haveria possibilidade de liberação de carga superior para o Cruzeiro, mas o estádio comporta pouco mais de 22 mil torcedores, praticamente um terço dos 60 mil que o Mineirão pode receber. No ano passado, o clássico no Gigante da Pampulha teve mando do Cruzeiro e renda líquida de R$ 900 mil para público acima de 39 mil pessoas. O América, que viveu o melhor momento esportivo da história nos últimos anos, com três disputas seguidas da Série A e presenças na Libertadores e na Sul-Americana, vive instabilidade financeira após não conseguir acesso da Série B para a elite nacional.

No fim do ano passado, Alencar da Silveira Jr., presidente do clube, revelou que a situação é delicada: "América tem que fazer com o que tem, para que a gente não precise fechar as portas. Temos que ter pé no chão, andar de acordo".