17/11/2014 11:19
Olha o tetra chegando!
Vitória sobre o Santos, na Vila Belmiro, deixa o Cruzeiro ainda mais próximo do título. Conquista pode ser garantida no domingo diante do Goiás, no Mineirão
Goulart (E) corre para comemorar o gol cruzeirense, depois de superar Aranha (D) com um chute cruzado
Mesmo sem apresentar grande futebol, o Cruzeiro deu no domingo mais um passo importante na caminhada rumo ao tetracampeonato brasileiro ao vencer o Santos por 1 a 0, na Vila Belmiro. Com 70 pontos, ele poderá comemorar o título no domingo, com grande festa, diante do Goiás, no Mineirão. E nem dependerá do resultado de Santos x São Paulo no mesmo dia, em Cuiabá, se tiver vencido o Grêmio na quinta-feira, no Sul.
“A equipe está de parabéns, pois soubemos suportar bem no primeiro tempo e aproveitar a chance no segundo. Foi um grande passo e agora é descansar, pois na quinta-feira tem o Grêmio”, disse Ricardo Goulart. “Entramos lentos na partida, não conseguimos impor nosso jogo. Marcelo Oliveira foi feliz em suas palavras no vestiário e voltamos melhores no segundo tempo. Temos de continuar trabalhando, pois falta pouco para o título”, afirmou Marcelo Moreno.
Para o jogo no Sul, o técnico não terá o volante Henrique, que levou o terceiro cartão amarelo, nem o atacante Marcelo Moreno, que estará na Seleção Boliviana e já não poderia atuar por ter os direitos econômicos pertencentes aos gremistas.
O zagueiro Dedé deve permanecer de fora, tratando de edema ósseo no joelho direito. Em compensação, o lateral-direito Mayke e o zagueiro Leo voltam de suspensão e o armador Alisson tem chance de ser relacionado depois de se recuperar de contusão muscular, assim como o lateral-esquerdo Egídio, que cuida de pancada na bacia.
DOIS POUPADOS
No jogo de domingo, Marcelo Oliveira optou por poupar o volante Henrique e o armador Éverton Ribeiro. Mesmo assim, a equipe começou tentando tomar conta do jogo. Mas a primeira oportunidade foi dos santistas. Depois de cruzamento de Cicinho da direita, Rildo por pouco não conseguiu desviar a bola, que cruzou toda a extensão da pequena área. A Raposa respondeu aos 11min, em chute de fora da área de Nílton. Aranha só acompanhou a bola sair à sua direita. Quatro minutos depois, Gabriel desperdiçou a melhor chance. Lançado em posição duvidosa, ele driblou Fábio já dentro da área, mas chutou para fora, pressionado por Manoel.
A partir daí, o jogo caiu de qualidade. Tanto Cruzeiro quanto Santos careceram de criatividade para armar jogadas e as defesas sobressaíram. Somente aos 37min, os celestes voltaram a ameaçar, em chute de fora da área de Ricardo Goulart. Aos 45min, o árbitro Alinor Silva da Paixão encerrou o primeiro tempo quando os mineiros tinham escanteio a favor, que só não foi cobrado antes porque a torcida da casa atirou uma segunda bola ao gramado. Houve muita reclamação de jogadores e comissão técnica cruzeirenses.
O Cruzeiro voltou mais ligado para o segundo tempo depois da bronca de Marcelo Oliveira no vestiário. Na primeira vez que conseguiu trocar passes, abriu o marcador: Ricardo Goulart tabelou com Willian e bateu cruzado.
O Peixe só chegou aos 21min, em cabeçada de Renato, que Fábio pegou fácil. Dois minutos depois, Willian respondeu para o Cruzeiro, mandando à esquerda de Aranha. Aos 37min, Fábio salvou a Raposa em cabeçada de Neto. E aos 46min, os visitantes poderiam ter matado o jogo, depois de boa tabela entre Willian Farias e Éverton Ribeiro, que haviam entrado pouco antes. O volante, porém, acertou o travessão.
FICHA TÉCNICA
Santos 0 x 1 Cruzeiro
Santos: Aranha; Cicinho, Neto, Bruno Uvini e Caju (Zeca 24 do 2º); Alison, Renato e Lucas Lima; Rildo (Thiago Ribeiro 13 do 2º), Gabriel (Jorge Eduardo 29 do 2º) e Robinho
Técnico: Enderson Moreira
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo e Samudio; Lucas Silva (Henrique, intervalo), Marquinhos, Ricardo Goulart (Willian Farias 38 do 2º) e Willian (Éverton Ribeiro 29 do 2º); Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira
Estádio: Vila Belmiro
Gols: Ricardo Goulart 7 do 2º
Árbitro: Alinor Silva da Paixão (MT)
Assistentes: Cristhian Passos Sorence (GO) e Fábio Rodrigo Rubinho (MT)
Cartão amarelo: Henrique, Lucas Lima e Alison
Pagantes: 4.094
Renda: R$ 126.120
MATEMÁTICA DA TAÇA
(O que o Cruzeiro precisa fazer para ser campeão)
1) Vencer dois dos últimos quatro jogos
2) Vencer um jogo e empatar os outros três
3) Vencer um jogo e o São Paulo tropeçar em um
ATUAÇÕES
Cruzeiro
FÁBIO (Nota 8)
Com ótima defesa nos
minutos finai, ajudou a equipe celeste a garantir o
importante resultado
CEARÁ (Nota 6)
Mais preocupado em se defender, mostrou eficiência
MANOEL (Nota 6)
Muita vontade para ganhar
as jogadas. Atrapalhou Gabriel
em lance no qual Fábio já
estava batido
BRUNO RODRIGO (Nota 6)
No mesmo nível do companheiro de zaga, foi perfeito no jogo aéreo
SAMUDIO (Nota 5)
Se não apareceu, também
não comprometeu
NÍLTON (Nota 6)
Complicou-se em algumas saídas de bola, mas teve o mérito de iniciar a jogada do gol
LUCAS SILVA (Nota 6)
Tentou dar velocidade ao time, com viradas de jogo. Deu lugar a HENRIQUE (Nota 7), que melhorou a saída de bola
MARQUINHOS (Nota 5)
Muita transpiração, pouca inspiração
RICARDO GOULART (Nota 8)
Apagado no primeiro tempo,
como todo o time, melhorou no segundo e fez o gol. Saiu no fim
para a entrada de WILLIAN FARIAS (Nota 6), que por pouco não
marcou belo gol
WILLIAN (Nota 7)
Um dos mais lúcidos da equipe, teve participação decisiva no gol. Substituído por ÉVERTON RIBEIRO (Nota 6), que foi importante para segurar a bola no ataque
MARCELO MORENO (Nota 6)
Lutou muito, mas ficou isolado e pouco conseguiu produzir. Praticamente não finalizou
MARCELO OLIVEIRA (Nota 8)
Poupou jogadores e teve de dar bronca no intervalo para a equipe acordar, o que deu resultado
SANTOS
O armador LUCAS LIMA (Nota 5) foi o melhorzinho, o que não quer dizer muita coisa, pois foram poucos os bons momentos santistas. A decepção foi ROBINHO (Nota 3), que errou quase tudo que tentou
ARBITRAGEM
ALINOR SILVA DA PAIXÃO (Nota 3), do Mato Grosso, marcou faltas inexistentes e deixou de dar algumas que ocorreram. Complicou-se ao encerrar o primeiro tempo com escanteio a favor do Cruzeiro quando a torcida do Santos havia atirado uma segunda bola ao campo. Os assistentes erraram nas marcações de impedimento, mas deram sorte de os lances não terem resultado em gols
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