Para o ábritro tocantinense Fábio Pereira o lance que definiu o título estadual do Cruzeiro marcou sua carreira
(Foto: Arquivo Pessoal/Fábio Pereira)
Uma figura sempre contestada em campo, seja por jogadores ou torcedores, nesta quinta-feira (11) tem um dia voltado apenas para ele quando se comemora o Dia do Árbitro. Um dos destaques da arbitragem tocantinense, o ábitro assistente, Fábio Pereira, que já está há 10 anos atuando como árbitro no quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comemora o dia que para a categoria é diferente.
- O árbitro é um profissional que sofre muita pressão e passa por dificuldades. É um dia diferente, porque todos se lembram de um profissional que tem sua importância no futebol, mas que muitas vezes é pouco respeitado. Os árbitros tem que ser valorizados, porque são muito importantes para o espetáculo - afirma Fábio.
Fábio Pereira em jogo pelo Campeonato Tocantinense (Foto: Divulgação)
Natural de Araguatins, Fábio Pereira ao lembrar um pouco de sua carreira que já tem como jogos arbitrados, partidas das séries A, B, C, além de competições internacionais, considera que o maior problema que viveu foi na final do Campeonato Mineiro deste ano que envolveu Atlético-MG e Cruzeiro no estadio Mineirão.
Aos 43 minutos do segundo tempo, Jô é lançado na área do Cruzeiro por Neto Berola, Jô cai e reclama de pênalti. O árbitro principal era Leandro Vuaden que apita e marca pênalti para o Galo, mas o auxiliar técnico tocantinense Fábio Pereira com a bandeira levantada voltou atrás da marcação e deu impedimento.
Na ocasião o lance revoltou torcida e o presidente Alexandre Kalil do Atlético-MG.
- Foi um escárnio, um escândalo. Por isso nós ganhamos a Libertadores, porque essa gangue não entra em campo - disse Alexadre Kalil na ocasião.
Tardelli e Leonardo Silva reclamam com o assistente Fábio Pereira na final entre Cruzeiro e Atlético-MG
(Foto: Douglas Magno)
Pereira acredita que esse foi o lance que mais marcou sua carreira até aqui. O árbitro entende que não errou no lance, pois o atacante do Galo estava impedido na jogada e Vuaden não percebeu.
- É um lance complicado, mas acredito que não errei. Os torcedores sempre agem pela emoção e é natural a torcida do Galo se revoltar. Se eu encontrasse com o Kalil, diria para ele ver e rever as imagens do jogo. O que ele falou foi devido ao calor do jogo, naquele momento torcedor, jogador e presidente falam muita coisa mesmo. Nosso trabalho é difícil, buscamos sempre não errar - comentou.
Fábio Pereira faz parte do quadro da CBF desde 2005 e em 2013 foi integrado ao quadro da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa). Neste ano pela Série A, o árbitro atuou na partida entre Botafogo e Chapecoense e na Copa Sul-Americana trabalhou na partida entre São Paulo e Criciúma. Nesta sexta-feira (12), ele fará parte do trio que comandará o jogo Oeste e Sampaio Correia pela Série B.