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8/9/2014 16:24

Wagner comenta critérios adotados pelos árbitros e pede imparcialidade

Jogador do Fluminense revela que Cristóvão passa aos atletas para não falarem com os juízes e demonstra desejo de punições em jogadas pesadas

Wagner comenta critérios adotados pelos árbitros e pede imparcialidade
Wagner reclamou da arbitragem e comparou futebol do Brasil com europeu (Foto: Getty Images)


Neste domingo, o líder Cruzeiro ficou no empate com o Fluminense, no Maracanã, por 3 a 3. E um assunto que rendeu discussão no dia seguinte foi a arbitragem. Os meias Wagner, do Tricolor, e Julio Baptista, da Raposa, expuseram suas queixas quanto aos critérios adotados pelos comandantes dos jogos no futebol brasileiro. O camisa 10 do Flu afirmou que marcações são invertidas e que alguns árbitros são caseiros .

- O Cristóvão passa para não conversarmos com o juiz, deixá-los apitar. Mas tem juiz que é caseiro, infelizmente. E tem juiz que não é caseiro. O árbitro tem que entender que, seja na casa do adversário, seja fora, tem que ser imparcial. Só isso que o jogador quer. Seria ótimo se o juiz, em um carrinho por frente ou por trás, que é para cartão vermelho, mesmo na primeira falta, desse o vermelho, e não o amarelo por ser a primeira falta do jogo. O árbitro tem que entender que, seja na casa do adversário, seja fora, tem que ser imparcial. Só isso que o jogador quer. Seria ótimo se o juiz, em um carrinho por frente ou por trás, que é para cartão vermelho, mesmo na primeira falta, desse o vermelho, e não o amarelo por ser a primeira falta do jogo - disse.

Wagner disse entender que a pressão sobre os árbitros seja grande, mas argumentou que os atletas também são pressionados.

O meia do Fluminense pediu que o futebol brasileiro evolua e que a regra seja aplicada, mas justificou que se um juiz cede a pressão para o adversário reclamar, ele também reclama para defender sua equipe.

- Juiz é cobrado a cada partida, jogador é cobrado por reclamar. A gente precisa evoluir para melhorar. Vamos começar a evoluir. Se é pênalti, é pênalti. Não importa se está na casa do adversário. Só queremos que a regra seja aplicada. Na hora que isso acontecer por parte dos juízes, te garanto que jogador nenhum vai falar com o árbitro. Só reclamam, é porque tem juiz que cede a pressão. Se o adversário faz pressão, porque não vou defender minha equipe? Se não, serei prejudicado - revelou.

Wagner também lembrou um lance, no confronto deste domingo contra o Cruzeiro, em que foi atingido na panturrilha por Nilton, ficou com as marcas da chuteira do adversário na perna e foi reclamar com o juiz, chegando a xingá-lo, e nada aconteceu. O camisa 10 também disse que o árbitro auxiliar que fica ao lado do gol teria visto o lance, mas não tomou nenhuma atitude.

Estou com dois cartões, pendurado. Teve o Nilton, que fez o pênalti, foi claro, pisou na minha panturrilha. O quarto árbitro atrás do gol viu, não deu nada, eu fiquei "pé da vida" com ele, gesticulei, xinguei. Ele ouviu e não me deu cartão.

Falei com o juiz, mostrei a marca das travas da chuteira na minha panturrilha. Ele viu e não me deu cartão. Xinguei. Se ele me dá cartão e eu fico fora da partida contra Figueirense, por terceiro cartão, pegaria-se a imagem e comprovaria-se o pênalti. Por que na Europa, se comprova que o juiz errou, tem como tirar o cartão, e no Brasil não tem? Eu não entendo isso - reclamou.

Julio Baptista também comentou o assunto, pedindo que os árbitros deixem o jogo correr mais, porém, que marque as faltas que forem mais duras, com a devida punição. O jogador do Cruzeiro também comparou o futebol brasileiro com o de outros países e citou a Inglaterra, a Alemanha e a Espanha.

- Concordo com muitas coisas que o Wagner citou. Acredito que o futebol brasileiro tem que mudar, até mesmo na conduta dos árbitros. Tem que ser mais jogado. O jogador brasileiro se joga muito. Isso dificulta muito para os árbitros. Por isso o brasileiro tem muita dificuldade na Libertadores. Os jogos são mais corridos, os juízes deixam correr. O corpo a corpo é uma coisa natural, tem que existir o contato físico. Chega no jogo brasileiro, qualquer encostão e o jogador que é mais fraco acaba caindo e o juiz dá falta. Jogada que é mais forte, que acaba pegando o jogador e machucando, tem que ser punida. Mas tem que deixar o futebol seguir mais. O público gostaria mais.

Ficaria um futebol muito melhor. É a forma da Inglaterra, da Alemanha, da Espanha - disse o atleta cruzeirense.

1332 visitas - Fonte: Globo Esporte




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