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10/6/2014 10:23

Carrasco cruzeirense, Sabella volta a BH com mesmo padrinho

Treinador argentino ganhou a Libertadores 2009 e assumiu a seleção de seu país sempre indicado por Carlos Bilardo

Carrasco cruzeirense, Sabella volta a BH com mesmo padrinho
Sabella comemora título da Libertadores com o zagueiro Schiavi em pleno Mineirão
Foto: AP


Antes de ser campeão do mundo com a Argentina em 1982, Carlos Bilardo dirigia o Estudiantes de La Plata e queria um meia habilidoso que estava na Inglaterra. Presidente do clube à época, Raúl Correbo deu mil dólares e autorização para buscar Alejandro Sabella no Leeds United. O dinheiro não deu para a passagem de volta, mas Sabella pagou para Bilardo, ao lado de quem seria campeão nacional naquele ano.

Para Alejandro Sabella, as indicações de Bilardo significaram uma frustração incurável, mas suas três maiores alegrias no futebol. A maior delas até o momento aconteceu justamente em Belo Horizonte, onde eles iniciam seu trabalho com a seleção argentina nesta terça-feira. Em cima do Cruzeiro no Mineirão lotado, Sabella foi campeão da Copa Libertadores como treinador do Estudiantes em 2009. Também pelas mãos de Bilardo...

A verdade é que os dois estavam distantes quando tocou o telefone de Carlos Bilardo, então secretário de esportes de Buenos Aires. No início daquele ano, o Estudiantes vivia em crise e Bilardo, campeão do mundo em 1986 e vice em 90, se lembrou de Sabella. Até então, tinha sido apenas auxiliar de Daniel Passarella em uma série de trabalhos, como a seleção argentina e o Corinthians. O clube de La Plata confiou na sugestão e Sabella partiu para o primeiro voo solo aos 54 anos.

Além de vencer a Libertadores com oito vitórias e três empates poucos meses depois, o treinador também levou o Campeonato Argentino do ano seguinte e se transformou em quase unanimidade entre os argentinos pelo conhecimento técnico e tático, a capacidade de controlar um grupo de jogadores com entusiasmo e ao mesmo tempo ser um conciliador.


Bilardo é diretor técnico da seleção argentina e esteve na Copa 2010 com Maradona
Foto: AP


Em 2011, após se demitir do Estudiantes e acertar com o Al Jazira dos Emirados Árabes, Sabella recebeu uma ligação de Julio Grondona. O presidente da Associação de Futebol Argentino e Carlos Bilardo, diretor técnico da seleção, estavam cansados dos perfis controversos de Diego Maradona e seu sucessor Sergio Batista. Alejandro Sabella, mostraram os últimos três anos, seria mesmo uma escolha irretocável.

Por seu trabalho e caráter, Sabella agora tem a chance de disputar uma Copa do Mundo que se frustrou perder em 1986. Após o título no Estudiantes em 82, Carlos Bilardo virou treinador da Argentina e convocou o meia que havia comprado sua passagem na Inglaterra. Sabella integrou uma série de partidas, mas ficou de fora do elenco que ganharia o bicampeonato mundial.

Recentemente, o atual treinador da seleção argentina surpreendeu o país ao excluir Ever Banega, figura frequente da equipe, mas de fora da relação de 23 jogadores para a Copa no Brasil. Parecia consternado com o corte quando apareceu para uma entrevista coletiva na terça-feira passada. "Fui jogador e sei o que representa estar tão perto e não ir para um Mundial", disse Sabella.

De fora, Banega só poderá curar sua frustração no futuro. Alejandro Sabella saboreia sua primeira Copa e tenta fechar as feridas de 1986. Começar por Belo Horizonte deve encorajá-lo.

1710 visitas - Fonte: Terra




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