A saída de Pedro Martins, que aceitou proposta do Vasco para assumir a gestão do futebol cruzmaltino, coloca Paulo André sob holofotes no Cruzeiro. Com perfil discreto, o agora diretor de futebol interino terá de vencer desafios pessoais e profissionais enquanto estiver numa nova função na Raposa, até a contratação do substituto do então diretor de futebol.

Paulo André é braço direito de Ronaldo Fenômeno no projeto de futebol. Foi assim no Valladolid e, agora, efetivamente no Cruzeiro. Era o diretor global da gestão nos dois clubes até então, mas desde fevereiro passou a concentrar as atenções ao time mineiro, inclusive voltando a morar no Brasil. Por ele, passou a escolha de Pedro Martins em 2022 e também na participação pela contratação de jogadores, treinadores e resolução de situações esportivas, como das saídas de Fábio e Vitor Roque, em 2022.

Paulo André, entretanto, quis seguir um perfil longe dos holofotes, após o fim da carreira, e da parte mais direta de negociações e decisões do dia-a-dia. Logicamente, tudo passava por suas mãos, mas no Cruzeiro a parte direta ficava com Pedro Martins, mesmo porque o ex-zagueiro viveu, até o começo do ano, na Espanha, cuidando dos assuntos do Valladolid também. Não era o desejo inicial do ex-zagueiro estar nos holofotes do Cruzeiro. Mas o retorno ao Brasil, para estar mais perto da família, o fez dar um passo adiante na questão da exposição. Concedeu entrevistas nas últimas semanas e, nesta sexta, protagonizará a primeira coletiva no Cruzeiro, desde que assumiu o desafio junto de Ronaldo, entre o fim de 2021 e o começo de 2022.

Nesta nova etapa da carreira como gestor, Paulo André passa a ter o desafio de ser o responsável direto para lidar com mercado. Seja com empresários, staff de jogadores e os próprios atletas no dia. Não só de contratações e vendas, mas com situações do dia a dia. Pelo menos interinamente, já que o Cruzeiro busca um substituto para Pedro Martins.

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