O dia 23 de março de 2024 ficará marcado na vida de Wellington Paulista. Após uma carreira artilheira, com passagens por Santos, Botafogo, Cruzeiro, Palmeiras, Fluminense, Internacional, Chapecoense, Fortaleza e até gol no Camp Nou, o ex-camisa 9 estreou na várzea de São Paulo, retornando ao local onde o sonho de ser jogador profissional de futebol começou. Fazia 18ºC em Diadema. Por volta das 13h, o artilheiro chegou, de maneira tímida e vestindo moletom para se proteger do frio, na subsede do Ipanema de Caieiras, um dos fortes candidatos ao título da Supercopa Pioneer, principal competição de várzea da cidade de São Paulo. "Felicidade é grande. Porque, comentei muitas vezes, comecei na várzea...", disse à ESPN. Chegada tranquila e sem concentração Durante os 23 anos de carreira profissional, Wellington Paulista se acostumou a ficar longe da família e passar por muitas concentrações às vésperas da partida.
A realidade da várzea traz novamente a tranquilidade ao atacante, que chegou ao CDC Dorotéia por volta das 13h, uma hora antes da partida entre Ipanema e 01 Bom Lugar. "É muito melhor (risos). O que me fez parar foram as concentrações e as viagens. Nada mais justo que descansar bem, me alimentar bem em casa. E saber que poderia fazer isso profissionalmente. Cobrei muito isso para as diretorias dos clubes onde eu trabalhava para não ter concentração, porque eu sempre me cuidei muito e acabava não tendo muito. Alguns times só que eu não tive concentração."
Ainda antes de a bola rolar, Wellington Paulista assistiu ao vídeo em que é citado como um dos melhores finalizadores do futebol por Rodrigo Muniz, ex-Flamengo e hoje jogando na Premier League pelo Fulham. 'Sua história começa agora' Engana-se quem pensa que a concentração de Wellington Paulista mudou após pendurar as chuteiras profissionalmente.
No vestiário, o atacante, que recebeu a camisa 9 do Ipanema de Caieiras, recebeu massagem da equipe de fisiologia da equipe e fez a preparação como se ainda estivesse entrando em campo para uma partida da rodada de domingo do Brasileirão. Por falar na elite nacional, o legado de 'Wellingol' o acompanha. Com 108 gols, o atacante recebe uma "chamada" durante a preleção.
Parceiro de ataque de Wellington Paulista, Jorge Mauá, um dos grandes artilheiros da várzea de São Paulo, celebrou ter o ex-profissional ao lado. "É mais fácil, cara inteligente. Sabe como funciona, sabe como é. Os atalhos, né?" Rival carrega legado do rapper Sabotage " Um bom lugar. Se constrói com humildade, é bom lembrar..."