O Cruzeiro redesenhou seu acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para colocar em dia seus compromissos tributários. São dois parcelamentos, ambos firmados em 6 de junho deste ano, já sob a gestão da SAF de Ronaldo Fenômeno. Somados, estão em R$ 210.136.274, 49. Os pagamentos estão parcelados até 2033.



O ge teve acesso aos valores listados e ao parcelamento feito entre o clube mineiro. Ambos foram realizados através do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), criado em 2020. Eles aguardam ainda o deferimento da PGFN.

O acordo de maior valor tem a quantidade consolidada em R$ 183.072.713,07 (sendo R$ 922.949,72 de valor de multa e mais R$ 6.738.535,41 de juros) a serem pagas em 139 parcelas. Duas já foram quitadas. A primeira no valor de R$ 3.295.308,83 (vencida em junho) e a segunda de R$ 549.218,13 (vencida em julho). Este último será o mesmo das parcelas a vencer entre agosto e dezembro deste ano. Os valores não incluem os juros.

Entre janeiro e dezembro de 2023, o Cruzeiro terá de pagar parcelas de R$ 732.290,85, cada uma. Em 2024, as parcelas mensais sobem para R$ 915.363,56. De 2025 até novembro de 2033, cada parcela passa a ser de R$ 1.449.935,88. A última parcela tem vencimento em 29 de dezembro de 2033 no valor de R$ 1.567.102,42.

O segundo acordo está relacionado aos débitos previdenciários do Cruzeiro e vai até 2026. O valor consolidado é de R$ 27.063.561,42 (sendo R$ 24.789,81 de multa e mais R$ 73.148,13 de juros), dividido em 54 parcelas. Duas delas já foram pagas. A primeira de R$ 487.144,10, em junho. A segunda de R$ 81.190,68. Este valor também incidirá nas parcelas até o fim do ano.

Em 2023, as 12 parcelas serão de R$ 108.254,24, cada uma. No ano seguinte, elas passam para R$ 135.317,80. Entre 2025 e novembro de 2026, o valor de cada parcela será de R$ 1.007.035,12. O último vencimento é em 30 de novembro de 2026, com pagamento de R$ 1.011.635,92.

Reparcelamento após atrasos
O Cruzeiro acumulou atrasos, de até quatro parcelas, em cada um dos três acordos firmados com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entre 2020 e 2021. Atrasos dessa magnitude poderiam gerar a rescisão do acordo entre as partes.



O tema foi um dos que mais preocupou a gestão de Ronaldo Fenômeno no momento da transição para concretização da SAF. O valor consolidado do atraso chegou a R$ 5.311.667,54. Para seguir com o projeto de SAF, Ronaldo conseguiu aprovação no conselho deliberativo do Cruzeiro e assumiu a dívida tributária. Assim que o pagamento ficar cumprido, as Tocas da Raposa I e II serão transferidas à SAF.