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24/6/2022 12:21

Análise: Cruzeiro não encaixa e volta do Rio no lucro; domínio amplo do Flu não é motivo de alarde

Análise: Cruzeiro não encaixa e volta do Rio no lucro; domínio amplo do Flu não é motivo de alarde
O Cruzeiro foi amassado pelo Fluminense, no Maracanã. O time não se encontrou jogando com a bola e nem soube encontrar os adversários quando esteve sem ela. A derrota por 2 a 1, nessa quinta, representou, entretanto, a sobrevivência por uma vaga nas quartas de final. Tudo aberto para 12 de julho, no Mineirão. Algo a se comemorar.



Como esperado, o Cruzeiro não entrou em campo somente para se defender. Tentou subir a marcação, complicar a saída do Fluminense. Mas, sem sucesso. Faltou sincronia para ter compactação, e o Fluminense sufocou desde o primeiro lance de partida.

O meio-campo, por costume, é a alma do Cruzeiro. E o time sentiu falta de Neto Moura no setor. O jogador mais regular da temporada já mostra, por características, ser difícil de substituir no elenco atual. Willian Oliveira ficou sobrecarregado, correndo sempre atrás de mais de um adversário e sem conseguir auxiliar na saída de bola. Fernando Canesin foi peça nula: não incomodou o Fluminense com a posse, nem sem ela.

O Cruzeiro não esteve bem justamente no setor em que o Fluminense é mais forte. André era soberano na marcação, Nonato caminhava o quanto queria com a bola, e Ganso ditou o ritmo. Com liberdade, chegava de trás para organizar, mas também dava apoio pelas pontas, fazendo principalmente Caio Paulista e Arias, pela esquerda, jogarem.

E foi em um lance de liberdade de Ganso que o Cruzeiro foi punido. Lucas Oliveira e Canesin só cercaram, ele cruzou, e Manoel testou para a rede. Àquela altura, o domínio, que já era imenso, prometia ser ainda maior, depois da expulsão infantil de Geovane. Uma pena para o time e para o garoto, que ganhava sequência como titular por merecimento.

O gol de Lucas Oliveira, no apagar das luzes do primeiro tempo, trouxe ânimo. Mas a volta para o segundo tempo não foi boa. O Cruzeiro não conseguiu se organizar, e o Fluminense, ainda na figura principal de Ganso e Arias, produzia. Voltou à frente com Cano e poderia ter encaminhado a vaga, não fossem intervenções providenciais de Rafael Cabral e Lucas Oliveira. Os melhores de um time que correu uma barbaridade no Maracanã.

No fim, a saída de Ganso ajudou o Cruzeiro a não sofrer grandes sustos. O time até conseguiu estruturar um pouco mais as raras descidas em contra-ataque, quase empatando com Vitor Leque. Seria o melhor dos mundos, mas não há o que se reclamar da derrota pela diferença mínima em um jogo de 29 finalizações contrárias, contra apenas cinco favoráveis.

Foi o jogo em que o Cruzeiro mais foi dominado no ano. Os números apenas exemplificam isso, mas não há alarde. A temporada do time não é contra Fluminense, como também não é contra o Atlético-MG e o América-MG, que de alguma forma dominaram o Cruzeiro em jogos anteriores. Tecnicamente, o Tricolor é muito superior e, em uma noite de pouca inspiração coletiva, o resultado poderia ter sido muito pior.



O Cruzeiro está vivíssimo na Copa do Brasil e, certamente, será mais forte no Mineirão, com grande público azul e branco nas arquibancadas. Os olhos seguem completamente voltados para a Série B, na qual o Cruzeiro, sim, tem iguais condições técnicas em relação à maioria dos rivais. Segue o jogo. Terça-feira tem confronto direto com o Sport.

714 visitas - Fonte: globoesporte




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