Atacante Airton deixou o Cruzeiro em 2021 — Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

A ARF Assessoria Esportiva, empresa que gere a carreira do atacante Airton, ingressou com uma ação contra o Cruzeiro, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, cobrando pagamentos em atraso referentes aos direitos de imagem do jogador, hoje no Atlético-GO. Os pedidos totalizam R$ 770.574,97.



A ação é movida contra a associação Cruzeiro Esporte Clube, mas também cita a SAF como responsável. O pedido da empresa é para que seja feito o pagamento, em até três dias - caso seja essa a decisão judicial -, do valor total, acrescido de juros, correções e honorários, sob pena de penhora de bens do clube.

De acordo com o processo, o Cruzeiro assinou contrato com a ARF Assessoria, em 18 de agosto de 2020, para pagamento de R$ 800 mil, em oito parcelas de R$ 100 mil, no dia 18 de cada mês, sendo a primeira prevista para o dia da assinatura. O valor seria referente à exploração de imagem de Airton durante todo o contrato, previsto para terminar em dezembro de 2023.

De acordo com a ação, a empresa entrou em contato com o Cruzeiro, em outubro de 2020, cobrando o pagamento. A alegação é de que, naquele momento, nenhuma das duas parcelas em atraso havia sido quitada. O clube, então, teria respondido que o pagamento estava impossibilitado em função da crise financeira do Cruzeiro.

A ARF Assessoria alega, na ação, que as duas primeiras parcelas form pagas, respectivamente, em fevereiro e maio do ano passado, após cobranças ao clube. A primeira foi feita por meio de notificação extrajudicial, e a segunda via e-mail.

Sendo assim, a empresa alega que o Cruzeiro quitou apenas duas das oito parcelas combinadas, restando, então, R$ 600 mil a serem pagos do acordo assinado em agosto de 2020.

Fora dos planos da gestão de futebol da SAF, Airton rescindiu contrato com o Cruzeiro no início deste ano, após empréstimo ao Ceará, no ano passado. Após acertar o fim do vínculo com a Raposa, ele acertou com o Atlético-GO.



O jogador ainda acionou o clube mineiro no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ele cobra R$ 45.304,74 do clube referente a um percentual que teria direito pelo valor pago pelo Ceará em seu empréstimo ao Vovô, ano passado.

O Cruzeiro foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou.