Cruzeiro tem vários jogadores recebendo acima do teto: se não conseguir reduzir, tendência é negociá-los
Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro

O dia 6 de janeiro chegou, e o Cruzeiro ainda não tem uma noção sequer do esqueleto da equipe que entrará em campo daqui a duas semanas pelo Campeonato Mineiro. Esta segunda-feira será marcada pela reapresentação dos jogadores na Toca da Raposa, mas também pelo início de várias conversas com atletas e empresários que podem movimentar o mercado da bola. Mais da metade do elenco (veja a lista no final da matéria) tem salários acima do teto estabelecido pela diretoria, e estão com a permanência em risco para 2020. O clube terá a ajuda voluntária e temporária de Alexandre Mattos para resolver essas pendências, mas ainda seguirá em busca de um diretor de futebol fixo, além de um novo CEO, já que Vittorio Medioli se desligou na manhã de ontem (5).



Formado no final do ano passado, o núcleo diretivo transitório estabeleceu um teto de até R$ 150 mil para os jogadores que formarem o plantel deste ano. E isso não é nem perto do que recebem vários medalhões. Durante o mês de dezembro, alguns princípios de conversa começaram a acontecer, mas as principais reuniões acontecerão a partir de hoje. Aqueles com quem o clube não conseguir fazer um acordo, serão colocados na lista de negociáveis. Por pouco mais de um mês, Alexandre Mattos ficará encarregado de ajudar nesse vai e vem. O Cruzeiro queria contar com o ex-dirigente do Palmeiras de forma definitiva no clube, mas Alexandre tem planos de trabalhar na Inglaterra e não aceitou a proposta de voltar para Minas Gerais. Atualmente, Marcelo Djian ocupa essa função, mas ficará no clube somente até a chegada de outro nome para comandar o departamento de futebol.

De acordo com um levantamento feito pela Rádio Itatiaia, dos quase 40 nomes que compõem o elenco estrelado, 20 possuem vencimentos acima do teto, incluindo aí também os jogadores que retornam de empréstimo. São tantas as possíveis mudanças que o plantel pode sofrer que a página sobre o elenco no site oficial leva a mensagem "em atualização".

Para se ter uma ideia, dos jogadores que terminaram 2019 como titulares, apenas Cacá, Fabrício Bruno e Éderson, todos jovens e crias da base, possuem vencimentos abaixo do teto estabelecido. Dos três, Fabrício Bruno não vai se reapresentar, já que entrou na justiça contra o clube e também deve ser negociado. Se conseguir levar a estratégia à risca ou se livrar dos outros jogadores mais caros, o Cruzeiro poderá economizar cerca de R$ 7 milhões.

Alguns nomes não estão valorizados e devem ser negociados. Edilson tem interesse em voltar para o Grêmio, enquanto Dedé desperta interesse do Vasco, e Fred, que é desejado no Fluminense. Outros são tratados como prioridade e precisarão tomar decisões importantes sobre o futuro, já que não haverá exceções. São os casos de Fábio, Léo e Henrique, pilares do time e ídolos do clube. Seguindo a ordem de prioridade, estão jogadores como Rodriguinho, que mal jogou em 2019 e foi preparado para voltar em 2020, Robinho (lesionado pelo menos até abril) e Orejuela, que foi comprado em definitivo recentemente.



Jogadores do Cruzeiro que recebem mais de R$ 150 mil e estão com o futuro incerto no clube:

Goleiros: Fábio e Rafael
Laterais: Orejuela, Edilson, Dodô, Egídio e Marcelo Hermes
Zagueiros: Dedé, Léo, Manoel e Digão
Volantes: Henrique e Ariel Cabral
Meias: Robinho, Thiago Neves, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel
Atacantes: Fred, Sassá e David

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