Corinthians e Santos sondaram Dedé, mas se assustaram com seu salário (Fernando Moreno/Agif)

Foi no fim do ano passado que o Flamengo ofereceu R$ 30 milhões ao Cruzeiro para contratar Dedé. Na oportunidade, cheio de autoridade, o então vice-presidente do clube mineiro, Itair Machado, assegurou que só o venderia por R$ 330 milhões, valor da multa rescisória. Menos de 365 dias depois, a Raposa não consegue encontrar um interessado em levar Dedé mesmo que sem custos.



Nos últimos dias, Corinthians e Santos sondaram o staff do zagueiro e a diretoria cruzeirense. Mas a dupla paulista se assustou com seu salário: R$ 690 mil por mês. Com impostos, o custo de Dedé a cada 30 dias é próximo de R$ 1 milhão.

Tanto o Corinthians quanto o Santos cogitaram a possibilidade de ficar com Dedé por empréstimo de uma temporada, tendo ajuda do Cruzeiro no pagamento dos salários - algo feito em 2019, por exemplo, com Manoel, que ganha R$ 500 mil e defendeu o Timão.

A resposta cruzeirense foi “não”. É que o clube, rebaixado para a Série B, não pode por exemplo desembolsar R$ 345 mil - correspondentes à metade dos vencimentos de Dedé - com um jogador que não estará na Raposa para jogar a segunda divisão. Vale lembrar que a cota de TV do Cruzeiro vai cair de R$ 70 milhões para cerca de R$ 8 milhões em 2020.

O Flamengo, que fez tanto esforço por Dedé, hoje foca suas atenções em Gustavo Henrique. O contrato do defensor com o Santos termina em 31 de janeiro e ele já pode assinar com quem quiser - além do Fla, Palmeiras, São Paulo, Sporting e Porto - os dois últimos portugueses - também já abriram negociação.

Já Dedé vai correr o risco de virar um abacaxi para o Cruzeiro. Ele é, ao lado do corintiano Gil, o zagueiro mais bem pago do futebol brasileiro. Os gremistas Pedro Geromel e Kannemann embolsam um pouco menos. E o fato de estar com 31 anos de idade e ter um histórico gigante de lesões só aumenta o risco da contratação de Dedé.



Pior para um grupo de investidores que o compraram em 2013 do Vasco por pouco mais de R$ 14 milhões. A chance de eles recuperarem o investimento parece cada vez menor.

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