Chegada de Abel deixa em aberto futuro de jovens e veteranos no Cruzeiro (Imagem: Cruzeiro (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Abel Braga deu seu primeiro treino no Cruzeiro em domingo, mas se esforça para dar sua cara ao time mineiro o quanto antes. A colocação na zona de rebaixamento do Brasileirão pede urgência, mesmo. As intenções do treinador e suas primeiras decisões na equipe já dão alguns indícios de que como o time poderá ser formado daqui para frente. Alguns jogadores antes encostados devem ganhar novas oportunidades. Para tanto, outros devem perder espaço no time titular.



Quando foi apresentado no último final de semana, Abel deixou claro que gosta de equipes com três atacantes, com um centroavante de referência e dois pontas rápidos. A declaração mexe diretamente com o futuro de Fred na equipe. Desde a volta da Copa América, o camisa 9 perdeu espaço para Pedro Rocha, que passou a ser improvisado. Seja com Mano Menezes ou Rogério Ceni, o veterano ficou encostado. Contra o Goiás, ele só não jogou porque estava suspenso. Mesmo assim, Abel já mostrou que esse será seu esquema. Prova disso é que Sassá, que sequer estava sendo relacionado por Rogério Ceni, começou jogando e foi a referência ofensiva.

Bastante questionado nas últimas partidas por causa da má conclusões das jogadas, David pode continuar na briga. Ele é um dos raros velocistas do elenco, para ocupar um lugar pelas extremidades. Seus principais concorrentes serão Pedro Rocha e Marquinhos Gabriel. O jovem Ezequiel, que deixou o Sport e chegou ao clube por empréstimo a pedido de Ceni, também surge como opção. São quatro candidatos, então, para duas vagas.

O elenco conta ainda com Robinho, que não apresenta a mesma rapidez no ataque, mas não pode ser descartado como opção no setor ofensivo. Além disso, a organização da equipe também vira uma incógnita. A julgar por seu retrospecto com o treinador, Thiago Neves deve continuar como principal meia de criação. Mas Rodriguinho já voltou a treinar com o grupo, despontando como concorrente.

Abel também já indicou de que terá cuidado no trato com os mais jovens. Seu antecessor, Ceni, vinha promovendo a escalação de garotos da base, alguns até tomando lugares dos medalhões. Esse movimento não vai adiante. No meio-campo, Ederson deve seguir disputando posição para formar dupla de volantes ao lado de Henrique, mas ganhará a sombra de Jadson. O jogador atuou com Abel no Fluminense e é um dos homens de confiança do treinador.

Na lateral, Edilson pode até não ganhar a vaga de titular de Orejuela, mas deverá, no mínimo, ficar no banco de reservas. Com Ceni, o veterano sequer foi relacionado em algumas partidas e chegou a ser preterido pelo jovem Weverton no banco. Contra o Goiás, Edilson voltou a ficar como suplente e entrou no segundo tempo da partida.



Mesmo que já tenha ficado na beira do gramado na última segunda-feira, a partida contra o Internacional, neste sábado, vai revelar um pouco mais das ideias de Abel para o Cruzeiro. O treinador tem semana cheia para armar a equipe.

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