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8/8/2019 09:51

Mano explica saída: “As coisas podem piorar, e não podem”

Mano explica saída: “As coisas podem piorar, e não podem”
O técnico Mano Menezes já não é comandante do Cruzeiro. Após a derrota para o Internacional, por 1 a 0, na noite dessa quarta-feira, no Mineirão, pela Copa do Brasil, o comandante anunciou sua saída em entrevista coletiva, ainda no estádio. Segundo o ex-comandante da Raposa, houve entendimento geral que ainda tinha espaço para piora.



“Pelo quórum, o pessoal está com o instinto bom. Gostaria juntamente com o Marcone e o Marcelo comunicar oficialmente que a gente interrompe o trabalho à frente do Cruzeiro nesta noite, porque a gente entendeu que era o momento de fazer isso, de que nós não poderíamos estender mais essa fase difícil. Muito mais que uma fase difícil que o Cruzeiro vem apresentando, porque são 18 jogos e uma vitória. A gente sabe que isso no futebol não se sustenta. A decisão parte de uma consciência de que as coisas podem piorar, e elas não podem piorar. Hoje, o torcedor teve uma reação que para mim é fundamental para com o técnico: o torcedor da gente não pode achar que a gente é burro, porque o burro vem aos 47 do segundo tempo hoje, amanhã ele vem aos 30, e isso vai numa continuidade afetar a equipe, e eu tenho muito respeito pelo Cruzeiro. Não vou permitir que isso atrapalhe ainda mais este momento difícil que o clube e a equipe vem atravessando. A série de jogos, a maneira como a gente está perdendo, as coisas que acontecem como aconteceram hoje diz que algo precisa ser mudado. Então a conversa foi neste nível e nós entendemos que deveríamos vir aqui fazer este comunicado para o torcedor do Cruzeiro. É isso que estamos fazendo. Acho que não temos muito a falar a respeito disso”, destacou o treinador.

No último domingo, após a derrota para o Atlético por 2 a 0, o treinador já tinha colocado o cargo a disposição. Ele contou que algo parecido aconteceu após o revés para o Internacional e salienta que a saída acontece pelo grande respeito que tem pelo Cruzeiro.

“Eu não acho que a direção do Cruzeiro tenha me derrubado. Eu acho a saída justa. Um conjunto de 18 jogos você vencer uma partida, você não pode continuar conduzindo um trabalho. Treinador tem que ter essa ideia e essa noção clara. E foi por isso que tomei essa iniciativa de conversar com eles já no domingo e hoje novamente. Para eles evitarem um constrangimento que não temos que passar. Temos que nos respeitar, eu respeito muito o Cruzeiro, gosto das pessoas com quem trabalhei esse tempo todo, e nós não vamos perder o respeito e a consideração, porque o resultado não vem. Quando o resultado não vem em uma série tão grande como essa o trabalho precisa ser interrompido. E o treinador precisa ter o respeito pelos seus jogadores, porque o treinador vive de uma teoria de futebol. E essa teoria é, na prática, executada pelos seus jogadores dentro do campo. Na medida em que o resultado não vem, muitas vezes essa teoria perde confiança, e o próprio treinador perde confiança. E quando você começa a perder esta confiança, você não consegue defender com a mesma confiança, tão necessária para você ter a reação que o Cruzeiro precisa ter. Então, é simples, claro, cristalino e justo que se faz esta interrupção neste momento”, finalizou.



O Cruzeiro agora está em busca de um técnico. Contra o Avaí, neste fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro, o time será comandado por um interino vindo do grupo Sub-20.

Cruzeiro, Mano Menezes, demissão

921 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva




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