Após três anos e 13 dias no comando do Cruzeiro, Mano Menezes não é mais o técnico do clube celeste. A derrota para o Internacional por 1 a 0, em plena semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, levou o treinador mais longevo da Série A a pedir demissão durante a coletiva pós-jogo.



“Eu gostaria de comunicar que estou deixando o comando do Cruzeiro. É muito mais do que uma fase difícil do Cruzeiro, com 18 jogos e só uma vitória. E isso não se sustenta”, explicou Mano, no vestiário do Mineirão. “A decisão partiu de uma consciência de que as coisas podem piorar. Só que elas não podem piorar. Hoje o torcedor teve uma reação que é fundamental: ele não pode achar que a gente é burro”, emendou.

Sob o comando de Mano, o Cruzeiro conquistou o Mineiro e a Copa do Brasil duas vezes, mas a equipe vinha de uma sequência extremamente ruim, com apenas uma vitória em 18 jogos, incluindo mais de 800 minutos sem marcar gols e a eliminação nas oitavas da Libertadores para o River Plate, da Argentina.

Após a derrota para o Atlético-MG, no clássico do último final de semana, Mano chegou a colocar seu cargo à disposição da diretoria do Cruzeiro, mas o presidente Wagner Pires de Sá optou por mantê-lo

"Eu sempre trabalho com transparência. Antes de vir aqui, fiz uma reunião no vestiário e deixei as pessoas da direção muito à vontade para tomar uma atitude que não fosse minha continuidade. Não quero ser o empecilho para a recuperação do Cruzeiro. A direção colocou confiança no meu trabalho e eu tenho confiança que posso fazer isso com os jogadores", declarou o técnico na coletiva após a derrota no clássico.



Mano ainda assegurou que não tem problemas de relacionamento. “A questão não está parada aí. O ponto é que os resultados não estão vindo. A última vitória foi no clássico contra o Atlético, pela Copa do Brasil. E sempre falta um detalhezinho. Nessas horas, sempre quem está fora parece ser a solução.”

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